Hugo Brito

Há pérolas em meio à poeira dos discos (ouça as que encontrei)

A internet não tem tudo e a gente só descobre quando vai mexendo nas relíquias que tem em casa


Foto: pxhere/Creative Commons

Podem ficar calmos, amigos. Não é mais uma forma de contágio. É apenas uma constatação de que esse confinamento em casa acaba de criar, pelo menos para esse que vos fala, mais um efeito. O de tirar a poeira dos DVDs, CDs e LPs (agora que notei a sopa de letras, rsrs). Nosso papo de hoje é por aí, a poeira e as coisas que ela andava escondendo.

Coisas que a internet não tem

Por incrível que pareça isso existe. Sim, embora seja a grande ente da informação mundial a internet não tem tudo e a gente só descobre quando vai mexendo nas relíquias que tem em casa. Uma gravação que fez da TV, um disco antigo, uma versão diferente, filmes, rapaz é coisa, viu? Tá bem, às vezes procurando bem você até acha na internet, mas sem a qualidade do material que você tem e sem a história. A viagem vale a pena.

O, às vezes arrepiante, arquivo pessoal

Arrepia ver as imagens antigas ainda magrinho, com cabelos e roupas dos anos 80. Num deles me bati com um DVD onde estava uma série de reportagens que fiz na época de TVE, uns 20 anos atrás. O lado bom foi o comentário do meu filho, que do meu lado disse: “ Os anos 80 devem ter sido massa, hein pai ?”. Tomei o comentário como elogio e guardei o disco (rsrs).

Sumido e fora da capa

Outro momento de deleite na jornada anti-poeira promovida pelo confinamento é encontrar um disco há muito sumido. No meu caso achei um que adoro, da banda australiana Midnight Oil, cuja capa estava lá sozinha e vazia. Ele estava junto com um outro do “The Cure” e o resultado foi muito legal. Ouvi os dois.

Home office musical cheio de mofo

Sim, trabalhando e estudando em casa a seção tira poeira me fez ter uma semana de trabalho e estudo com trilha sonora de relíquias herdadas do meu pai como o

Twist with Chubby Checker (1960)

e um da orquestra de Billy Vaughan, o Blue Hawaii (1959),

que infelizmente tem um pedaço quebrado nas 3 primeiras faixas.

De quebra, pra fechar a seção mofo, uma super coletânea de trilhas de cinema que tem escrito em letras pequenas – “Venda Proibida – Distribuição Interna” (presente que o velho deve ter ganho de alguma rádio da época).

Desse, a faixa que mais gosto é a épica “Exodus”,

tema do filme de mesmo nome de 1960 (olha aí mais uma opção...).

Organizando

Sim, o confinamento também me permitiu iniciar, mais uma vez, a organização dos discos. Digo mais uma vez porque o fenômeno se repete. Começo a arrumar e quando vejo foram apenas uns 10 discos arrumados por artista e ordem alfabética, e o tempo acaba já que acabo ouvindo pelo menos uma de cada disco e fica tarde e no dia seguinte trabalho, de casa, mas é trabalho.

Bem amigos, vou terminando a nossa viagem de hoje pedindo desculpas antecipadas por ter passeado além do rock mas o Encontro Sonoro é isso... Um pouco do que música, sem preconceito, faz à nossa vida. Que bom que ela existe né?

Até a semana que vem, meus amigos. Aproveitem para fazer umas viagens assim e fiquem bem!