Você vai andando pelas ruas estreitas de Roma e de repente, ao dobrar uma esquina, dá de cara com a Fontana di Trevi.
Aí se lembra da cena antológica criada pelo diretor Federico Fellini, em “La Dolce Vita”, em que Marcello Mastroianni (no filme, o jornalista Marcello Rubini) vê a atriz Anita Ekberg (a atriz hollywoodiana Sylvia Rank) entrar nas águas da fonte, estender-lhe os braços e chamar “Marcello, venha aqui”.
Todos que viram o filme quiseram ir. E repetir, como Mastroianni: “Sim, Sylvia, estou indo”.
Veja a cena do filme
Eu fui. E fiquei ali, feito besta, olhando aquela construção barroca, o bando de turistas e o mar de “selfies”, tentando achar a noite mágica mostrada por Fellini.
Que, é claro, não se encontra lá. Nem mesmo resta o consolo de estarmos diante de uma obra do célebre escultor e arquiteto Gian Lorenzo Bernini, como tantos imaginam. Há, na fonte, muitas ideias dele, entre as esculturas de Netuno e seu séquito. Mas, só. O projeto que Bernini fez foi abandonado, ao morrer o papa Urbano VIII, incentivador da construção.
A Fonte dos Desejos, como também é conhecida, continua atraindo multidões, diariamente. Muitos ainda lançam moedas em suas águas, à espera da felicidade. O que pelo menos rendeu uma música inesquecível: “Three coins in the fountain” (Três moedas na fonte), escrita por Jule Styne e Sammy Cahn.
Ouça, na voz de Frank Sinatra
Gostou da música? Então, aqui está a letra:
Three coins in the fountain
Each one seeking happiness
Thrown by three hopeful lovers
Which one will the fountain bless
Three hearts in the fountain
Each heart longing for its home
There they lie in the fountain
Somewhere in the heart of Rome
Which one will the fountain bless
Which one will the fountain bless
Three coins in the fountain
Through the ripples how they shine
Just one wish will be granted
One heart will wear a Valentine
Make it mine, make it mine, make it mine