Turismo

Barcelona: veja por que você deve ir a essa cidade ao menos uma vez na vida

Fique uma semana em Barcelona, rode o dia inteiro e ainda estará longe de ver tudo

Foto: Alberto Oliveira
La Pedrera, casa projetada por Gaudí para a família Milá
La Pedrera, casa projetada por Gaudí para a família Milá

Você já foi a Barcelona, na Espanha? Não? Então, vá. Muita gente vai lhe dar conselhos para ir em setembro, quando se aproveita as celebrações à padroeira da cidade, La Mercês, para uma infinidade de festas, mas no final de dezembro ou começo de janeiro, embora a temperatura esteja baixa (entre 4 e 16 graus) também vale muito a pena.

Como chegar - A partir de Madrid pegue o trem-bala (AVE-Alta Velocidad Española), operado pela Renfe, empresa estatal, e que lhe deixará na capital da Catalunha em no máximo 3 horas (a uma velocidade de até 300 km/hora).

O ponto de partida é a Estação de Atocha, no centro de Madrid. A bagagem de mão pode ser acomodada acima dos assentos, mas as malas maiores devem ser deixadas em um espaço próprio, entre os vagões.

No site da Renfe (http://www.renfe.com/) é possível pesquisar sobre os preços e comprar a passagem. Se estiver querendo economizar, procure pelo símbolo “P”, de “Promo”. “P+” permite cancelar ou trocar o horário, pagando uma taxa de até 30%. “F”, de flexível, também, e com uma taxa de apenas 5%. Há, ainda, a “4M”, ideal para grupos de 4 pessoas, com assentos separados por uma mesinha.

Onde comprar - Se você fica com o corpo cheio de brotoejas só de pensar em ir a uma cidade sem perder tempo em uma loja de departamentos, vá ao Corte Inglês, na Praça Catalunya. Na Praça Espanya (local mais concorrido na noite do réveillon), há o Las Arenas, que ocupa o local onde funcionava até 1977 a primeira plaza de toros da cidade. Em Port Vell (o porto requalificado de Barcelona), o flutuante Maremagnum, o pior dos três.

Se gosta de quinquilharias, vai encontrar uma profusão de lojinhas que vendem penduricalhos coloridos, muitos inspirados nos mosaicos de Antonio Gaudí, o famoso arquiteto catalão, atropelado e morto por um bonde.

Chore (por Gaudí) e peça descontos. É possível derrubar o preço à metade. As mais baratas ou interessantes estão nas proximidades do Parc Güell ou perto da basílica da Sagrada Família (por exemplo, a Ringels, na Carrer de Mallorca, 418).

Para comidinhas exóticas ou especiarias, desembarque no bairro El Raval, cheio de lojinhas chinesas e indianas. Tapas com preços honestos estão no Carrer Blai. O melhor é sair beliscando, mas se a opção é lançar âncoras, aposte no bar Blai 9, no número 9 da rua (pegue a linha verde do metrô e desça na estação Poble Sec. Você estará pertinho do lugar).

Onde ir - Fique uma semana em Barcelona, rode o dia inteiro e ainda estará longe de ver tudo o que vale a pena, desde o Palácio da Música (Palau de la Musica Orféo Catalá) às casas projetadas por Gaudí (La Pedrera e Casa Batlló), do Bairro Gótico a Port Vell, passando pela Sagrada Família.

Quer ver tudo de uma vez? Suba ao Miradouro Turó de la Rovira, no distrito de Horta-Guinardó. Ou ao Parque Montjuic, que fica em uma montanha e abriga também o Jardim Botânico.

Quer ver um patrimônio mundial da humanidade e ignorado pela maioria dos turistas embora devesse estar em todas as listas? Vá ao Hospital de la Santa Creu i Sant Pau (Santa Cruz e São Paulo, em catalão), na Carrer de Sant Quintí, 89, um projeto do arquiteto catalão Lluís Domènech i Montaner, que demorou 28 anos para ser concluído. É agora um espaço cultural e turístico modernista, perto da Sagrada Família.

Nem pense em fazer isso

1 - Beber ou comer em La Rambla - Os preços são altos e a qualidade quase sempre beira a porcaria, principalmente naqueles locais com mesas na calçada.

2 - Pedir uma sangria - Dificilmente você verá um morador da cidade em uma mesa de bar degustando essa mistura açucarada de vinho barato e refrigerante. Ele pode até fazer uma em casa, mas na rua se você vir alguém segurando uma, pode apostar: é turista.