Jolivaldo Freitas

Resenha da semana que passou

Foi uma semana cheia, a que passou. Teve aquele caso da médica que atropelou os irmãos em Ondina e que deixou todo mundo chocado, pois em se tratando de uma profissional que jurou salvar vidas, jogou tudo por terra quando, pelo que parece e a delegada garante e quem viu o vídeo fica mais chocado ainda, tomou a atitude na contramão do que preconizava Hipócrates, deus e pai da Medicina.

Os bancos estiveram fechados, o que deve ser a segunda vez somente este ano e os bancários como sempre não deram a menor bola para quem precisava pagar suas dívidas, buscar apoio para que o negócio não degringolasse ou mesmo deixar o plano de saúde em dia, pois se com ele a vida não é nada fácil, sem ele é muito pior. E os banqueiros, do alto das suas pilhas de moedas de ouro nem ligaram. Ligar pra quê se a burra está mais que transbordando.

Os planos de saúde deram aumento de mais de 17 por cento. Quem fez aniversário e cravou os 59 anos de idade na semana passada amargou mais do que o dobro no valor mensal do seu plano. E, mostrando mesmo que quem quiser que se lasque pois não estão nem aí para a Agência Nacional de Saúde, a Unimed comprou a carteira de clientes individuais da Golden Cross, que se fez de morta – sem trocadilho – e somente decidiu dar os ares da graça e uma satisfação ínfima para os seus clientes depois que o Jornal Nacional e o Fantástico caíram em cima, mostrando o que tinha sido feito sem que ninguém que soubesse, numa clara falta de respeito pelos direitos dos clientes e uma pragmática banana de braço para o contrato.

Os pacientes passaram a semana inteira se queixando que agora com a Unimed tomando conta da carteira da Golden Cross – o que convenhamos são duas empresas que na Bahia sempre pisaram na bola; tipo almas gêmeas – não teriam mais a continuidade de atendimento dos médicos em que estavam habituados a ir. Teriam de começar a anamnese do zero para que o novo médico possa entender suas dores, neuras e cronicidades. 

E quem quiser que peça para sair que não consegue mais contratar um plano de saúde, a não ser que seja por uma empresa ou por planos coletivos. E as empresas nada podem fazer quando recebem a galinha pulando de um aumento unilateral de quase 20 por cento o que é um absurdo. 

Sem falar que a qualquer momento – basta a dona do plano achar que o cliente está gastando demais por consultas e tratamentos – o contrato pode ser desfeito e quem quiser que morra ou vá se queixar ao bispo. O governo nada pode fazer, a ANS nada faz e o cliente tem de se fingir de morto. Desculpe a dramaticidade.

E para finalizar, no domingo passado no início da tarde estava andando pelo passeio da Barra, na direção Porto Farol e fiquei satisfeito em ver o baiano pedalando as bicicletas laranjinhas. Mas levei um susto danado quando ouvi o grito de uma senhora que pedalava. É que lá vinha, dentro da “ciclovia”, um automóvel – de placa ALQ 1270 _, tudo bem que com o pisca-pisca ligado.

 Invadiu a pista reservada para os ciclistas numa boa e uns meninos que vinham na curva de skate desviaram, deram o dedo médio para os elementos que estavam dentro do carro e seguiram embora. Os “invasores” da “ciclovia” eram funcionários da Transalvador. E justificaram dizendo que estavam com pressa para render a equipe que trabalhara pela manhã. 

Daí um senhor disse para eles que organizassem melhor o trânsito para não engarrafar mais e que aproveitassem e pedissem a José Carlos Araújo que arranjasse com o governador um helicóptero que era para ganhar tempo. Mas que não dessem mais o mal exemplo. Garantiram que assim o farão.

Termino a resenha. Este espaço não cabe mais, senão iria falar da chuva que caiu e deixou a cidade em polvorosa, como sempre ocorre. E as cartas e boletos chegaram atrasados por causa dos Correios, de novo. Quem vai pagar os juros e multas da chaleira que comprei em 12 vezes nas casas eletro. Boa semana para a senhora e para o senhor.