Jolivaldo Freitas

Mexendo com o Capiroto

O Vitória que já não vai bem das pernas e nunca mais conseguiu segurar as entranhas depois do fiasco na Copa Nordeste – veja só, numa copa em que só tinha cego, capenga e anencefálico – está querendo mexer na fera com a vara curta. Quer bulir com o Satanás.

Quer pelo que parece e eu não posso garantir e espero que tenha sido uma “barriga” da imprensa esportiva, trazer para fazer parte do seu elenco de eternos coadjuvantes o “Imperador de Roma”, o notório atacante Adriano. Na verdade o Nero; o Calígula do futebol.

Que os bares abasteçam suas despensas. Que as boates ampliem os seus horários de funcionamento e que o rubro-negro passe a treinar somente à tarde, entre as 15 e 17 horas, para o jogador não ter de acordar cedo e saia mais cedo ainda, o que seria uma sacanagem para com alguém que vem da farra com o dia amanhecendo ter de ficar debaixo do sol correndo atrás de uma bola. Onde já se viu?

Trazer o Adriano é o chamado antimarketing. Não serve nem para vender camisa. É um tiro no pé e tenho certeza que meu amigo Roque Mendes, assessor do clube, vai colocar juízo na cabeça do diretor que almejou este intento. A vantagem é que as páginas dos jornais e os programas esportivos ficariam mais animados. Todo dia haveria uma novidade.

Mas o receio é que o assunto que seria limitado às páginas esportivas resvale para as páginas de polícia. Não está vendo que o pagodeiro não vai dar certo. Tomara que eu esteja errado e se tiver vai ser um prazer pedir desculpas neste mal traçado espaço. O cara desestabilizou o Flamengo e lá por baixo ninguém mais o quer. É melhor contratar logo o Demônio, já que á para ter problema. Vai na encruzilhada e chama a miséria.

Quanto ao Bahia... falar que diabos do Bahia? Nem time, nem jogo, nem assunto. No limbo e ficamos apenas esperando começar a temporada para que venha a eterna emoção de ver se cai ou não cai para a segundona. Taí: manda Adriano para o Bahia. Como o time não joga e quando joga parece que não está jogando, ele nem precisa aparecer. Bota só a camisa na grande área ou pendurada na trave do adversário só para fazer número.

Não está estranha a história do menor que apareceu para dizer que o foguete que matou o menino boliviano saiu das suas mãos? Justamente um menor. Fica parecendo as seguintes alternativas: o garoto está sendo usado por ser menor e a justiça boliviana não o pode alcançar, para livrar a cara dos marginais da torcida organizada corintiana. Se ele está assumindo uma culpa que não é dele aí tem. Ou está ameaçado ou levando algum por fora. Se foi ele mesmo, somente apareceu por ter sido ameaçado de porrada pelos manos. Por mim prenderia e deixaria preso na Bolívia todos os envolvidos.

E ainda torturando da seguinte forma: ouvindo discurso de Evo Morales rezando por Hugo Chaves e os colocando para acordar ouvindo El Condor Pasa além de terem de aprender tocar zampoña e charango. Para comer só salteña no café, almoço, merenda e jantar. Todos vestidos com polleras e dançando a Diablada, por falar no Capiroto.