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Musical tem menina negra como protagonista e estreia marcada

O espetáculo estreia em março no Teatro II do CCBB Rio de Janeiro

Foto: Matheus Alves | Divulgação
A peça conta e canta a história de uma pequena princesa africana

A peça Makeda – A Rainha da Arábia Feliz conta e canta a história de uma pequena princesa africana predestinada a se tornar a grande Rainha de Sabá.

Educada por seu trisavô, dentro de uma tenda os dois tecem longos diálogos onde o sábio ancestral passa à pequena importantes lições. Em especial, como usar o poder da imaginação para viajar por universos imaginários, visitar seu passado e assim superar os seus medos.

Com direção e dramaturgia de Allex Miranda, o espetáculo estreia em 2 de março no Teatro II do CCBB Rio de Janeiro e cumpre temporada até 12 de maio, com sessões aos sábados e domingos, sempre às 15h. Todas as sessões contarão com intérprete de Libras e recurso de audiodescrição.

Os contos narrados pelo ancião, transcritos em um antigo pergaminho, chamado A Trilogia das Arábias, têm como personagens centrais grandes rainhas do passado. Histórias essas que conduzem a princesa criança através de aventuras por terras desconhecidas. 

No elenco estão Ella Fernandes, Graciana Valladares, Lucas da Purificação e Thiago Justino. A direção musical é de Maíra Freitas e a direção de produção é de Bruno Mariozz.

Com dramaturgia inspirada nas raízes das culturas africanas ancestrais, Makeda – A Rainha da Arábia Feliz traz como protagonista uma menina preta, em formação de sua personalidade, possibilitando a criação de novos arquétipos positivos no imaginário coletivo. Mais que levar ao público uma construção cênica bem elaborada, com texto e trilha sonora originais, a peça espelha um reflexo semelhante aos traços étnicos/raciais/ancestrais do povo preto.

“De forma poética e sensível, salientamos a representatividade negra infantil feminina como símbolo de avivamento da autoestima. No espetáculo, as crianças têm a oportunidade de se enxergarem como protagonistas de suas próprias representações históricas”, conta Allex Miranda, autor, diretor e idealizador do projeto.

“Isso faz com que que crianças negras desenvolvam uma identificação do seu ‘Eu’ enquanto indivíduo, uma aceitação das suas próprias características, desenvolvendo nelas um sentimento de pertencimento do lugar de ‘belo’ e consequentemente na valorização a sua própria estética. Afinal, somos fruto e reflexo das nossas referências”, justifica Allex, que é pai de uma menina. “A arte é uma ferramenta de auxílio na educação. Proporciona bons exemplos de como contribuir para um mundo melhor, sem preconceitos ou limitações, guiando a subjetividade, com dedicação, honestidade e amor, neste grande palco que chamamos de vida”, completa.