Este Verão vai entrar pra História como a temporada da libertação, pois estávamos sem poder tirar o pé de casa com medo da praga da tal Covid. Era um tal de ‘não pode isso’, ‘não pode aquilo’, agravado com a chuva intensa que provocava alagamento e trazia aporrinhação pra todo lado.

Ô loco, meu! Com muitas ruas e lugares interditados, tudo metia medo na gente, além do pavor da Covid. Sai pra lá, praga maldita, vai pro inferno, de onde nunca deveria ter saído.

Mas agora estamos mais calminhos ou menos neuróticos, rezando para não voltar a agonia. Já vemos pessoas normais na rua, sem nos olhar com medo de estarmos infectados, e até já podemos conversar assuntos mais interessantes.

Enfim, somos seres humanos normais novamente. Que toma sorvete, anda nas ruas, vai ao mercado fazer compras e ainda acha tempo para fofocar com os vizinhos, pra ficar sabendo do sucesso dos filhotes ou do móvel novo que foi comprado, essas coisas banais mas afetuosas, que nos aproximam mais e envaidecem. 

Há coisa melhor do que você ir até a casa do vizinho dividir as suas conquistas, as alegrias e tristezas, ouvir as novidades que aconteceram na rua saboreando um pudinzinho gostoso, né, vizinhos Olenka, Stefanes e Eliene? Estes são os meus vizinhos mais ‘chegados’, que não me deixam na mão. Volta e meia estamos juntos, tanto para resolver problemas da rua, como para tomar um vinho e conversar abobrinhas. 

Stefanes foi um aluninho que conheci num congresso em Goiânia. No final do congresso, não tínhamos vôo para retornarmos aos estados e passamos uns dias hospedados num galpão, professora e aluninhos de vários estados. Foram dias diferentes, numa capital desconhecida, mas que propiciou momentos muito interessantes de descobrimento da capital goiana. Achei ótimo.

Mas adoro meus vizinhos. Há coisa melhor, fio, que chegarem na nossa casa, aí sentamos na varanda e trançamos no papo para contar as fofocas ou ouvir lamúrias domésticas saboreando um vinho tinto seco e um tiragostinho de moela. Quer mais, fio? Abre outra garrafa.

Mas agora, as irmãzinhas estão aqui em Salvador, me fazendo companhia; mas nos próximos dias vamos fazer umas viagens, passar uns tempos pelo interior, entre Conquista, Itabuna, Ibicaraí e Ilhéus, cidades  queridas, onde vivi importantes momentos da minha vida e que me trazem lindas recordações.

Ana mora em Itabuna, por isso eu fico mais lá. Carmen fica em Conquista onde só vou longe do Inverno, pois morro de frio. Já disse: sou mulher de Verão. Já os manos, tem Lula que foi ex-prefeito de Ibicaraí e mora lá. Já Paulo é médico em São Paulo. Estão vendo que eu tenho várias opções de moradia, o que é ótimo. Mas não saio de Salvador, a cidade mais amadinha do meu coração.

Agora, chega de lero e vamos cuidar das alegrias da vida: comer, beber e... passear, divertir, paquerar, azarar, e até dormir, mente poluida. Antes de qualquer coisa, vamos preparar uma delícia para sairmos lindinhos para catar um ‘bofe’ ou uma ‘gatinha’ se for o caso. Fui passar uns dias na Pituba, na casa da minha amiga Mira Bastos e Rosângela preparou este macarrão com camarão, que achei diferente e gostoso. Aventais a postos, garotada, vamos mergulhar no macarrão da Rô. Bom apetite!                                             

Macarrão com camarão

Ingredientes:
-- Um pacote (500g) de macarrão
-- Um quilo de camarão
-- Uma garrafinha de leite de coco
-- Cebola, alho, limão, sal e tempero verde a gosto.

Modo de preparar
1 - Cozinhar o macarrão com agua e sal e reservar;

2 - Temperar o camarão com alho, sal, limão e deixa descansar para pegar gosto. Depois dar uma fritura rápida no camarão

3 - Preparar um molho com tomate, cebola, coentro e (mais o que achar gostoso como açafrão), juntar a uma garrafinha de leite de coco e levar ao fogo;

4 - Depois do molho pronto, acrescentar ao camarão deixando dar ‘uma cozinhada’. Agora, lindinho, é só botar a mesa e sentar com o amorzinho para saborear a delícia do Rô.

Bom apetite!