Helô Sampaio

Aprenda a fazer um brigadeiro de caipirinha para os jogos do Brasil

Aventais a postos


Bora, brasil!

Reclama, não, fio, é melhor passar o dia todo sentado no sofá assistindo a empolgantes partidas de futebol – mesmo que você não seja muito chegado ao esporte – do que ficar afundado nesta cadeira enfiando suspiros em fio de naylon. Pelo menos as partidas são animadas, assistimos aos melhores do esporte futebolístico mundial, diferentemente do que vemos nos nossos campos no dia-a-dia: uns batebolinhas onde cada um somente quer aparecer ou dar caneladas e trombadas só pra machucar o adversário.

Quando eu comecei aqui no Jornalismo, não sabia pra que lado ia o futebol. Quando criança, eu só ouvia falar de futebol quando o Brasil jogava porque a minha cidade, Ibicaraí, virava uma festa só. Aí, vim pra Salvador, e comecei o estágio em A Tarde na diagramação. Quando fui para a editoria de Esportes, tinha que esperar as equipes chegarem do campo para ‘fechar as páginas’. Ora, se tinha que esperar o pessoal chegar da Fonte Nova, resolvi também ir pra lá assistir aos jogos. E lá ia eu, toda serelepe, com a equipe de esportes para a cobertura do jogo.

Mas o que me encantava eram as cores do pôr-do-sol nos jogos do domingo à tarde. Ficava apreciando o movimento das nuvens e quase que só ‘voltava a terra’ quando ouvia o grito de ‘gooool’. Aí, eu vibrava, mesmo sem saber direito qual o time que tinha feito o gol. De time, eu só conhecia e torcia pelo Flamengo e pelo Colo Colo de Ilhéus – que nem sei se ainda dá orgulho à cidade.

Isso, até o dia em que fui assistir a uma final de Ba-Vi, onde o Vitória já entrava ganhando de um a zero. Aí, o Vitória fez outro gol. Coisa linda demais, a maior parte da Fonte Nova de pé, vibrando entusiasmada pelo golaço. O ‘vermelho e preto’ imperou por um bom tempo, até que o Bahia, também fez um gol. E daqui a pouco, o Bahia fez o segundo e ficou empate com o Vitória. E antes de terminar o jogo, o Baêa fez o terceiro gol e sagrou-se campeão do ano. Foi aí que fiquei decepcionada para sempre com o tal de Vitória

Mas o momento agora é do Brasil. Bora Brasil, minha porreta. Vamos enfrentar o mundo e vamos ganhar, vamos ser hexa, lógico. Começamos bem, dando uma ‘sola’ na Sérvia de 2 a 0, e abrindo o caminho do hexa. Primeiro, só pode ser hexa, quem é penta. E ‘penta’, neguinho, time com cinco campeonatos, cinco taças na mão, só tem ‘nóis’, brasileirinhos, verde-amarelinhos. Perto da gente só tem Itália e Alemanha e com apenas  quatro títulinhos. Ainda vão ter que suar muito. Vamos preparar o muque, galera, pra levantar essa taça preciosa do hexa. Bora Brasil-sil-sil.

Eu me preparei tpdinha para assistir aos jogos do Brasil. Comprei a camisa (o pior é que a camisa é com cinco estrelas e no final da Copa vai estar atrasada pois teremos seis estrelas, he-he), já providencieir os tiragostos, e estou saindo para abastecer a casa com vinhos (para mim) e cerveja para a irmã Ana. Eu, realmente, me separei da loura e estou de ‘caso’, caso sério, casamento mesmo feito com a uva. Seu menino, o vinho é bom demais, véio. Como é que eu perdi tanto tempo com esta loura? Traz a taça aí e vamos brindar o Hexa. Bora Brasil.

Mas eu liguei para a minha queridíssima amiga, Elíbia Portela, pedindo uma sugestão de receita para acompanhar o jogo do Brasil. E ela, mesmo estando descansando em Praia do Forte, não deixou a amiga na mão e mandou um brigadeiro de caipirinha. É ou não é uma maravilha de receita para acompanhar as gostosuras que iremos saborear acompanhando os jogos do mundo? A gente já ‘toma uma’ no próprio brigadeiro, he-he.  Aventais a postos, galera, vamos cuidar da barriguinha para torcermos pelo nosso Brasil-sil-sil-sil.

Brigadeiro de Caipirinha de Elíbia Portela

Ingredietes:

-- Uma lata (ou caixinha) de leite condensado (395g)
-- Uma colher (sopa) cheia de manteiga com sal (25g)
-- 30ml de cachaça
-- Açúcar cristal
-- Raspas de limão
-- Uma colher (sopa) de suco de limão
-- Forminhas de papel.

Modo de preparar

1 - Colocar o leite condensado e a manteiga na panela e levar ao fogo baixo, misturando sempre até chegar ao ponto ideal, que é quando o brigadeiro desgruda do fundo da panela;

2 - Juntar a cachaça e o suco do limão. O brigadeiro irá ‘perder o ponto’, portanto continuar mexendo bastante até chegar no ponto novamente;

3 - Retirar do fogo e deixar esfriar para poder enrolar.

4 -  Ralar o limão para fazer a raspa (raspando somente a casca verde). Misturar as raspas com o açúcar cristal em um pode.

5 - Untar as mãos com manteiga sem sal, fazer as bolinhas e passar na mistura de raspas de limão e açúcar.

Saborear gritando ‘Bora Brasil-sil-sil’, comemorando as muitas outras vitórias que iremos conquistar nesta Copa do Mundo. Vamos nessa, galera. Bora, Brasil!