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Rússia avança sobre a Ucrânia

Ofensiva de Moscou fez tropas ucranianas recuarem

A Rússia intensificou sua ofensiva em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, e está muito próxima de dominar a segunda maior cidade do país.

De acordo com as autoridades de Kiev, citadas pelo jornal Independent, cerca de 30 mil soldados russos estão envolvidos nos ataques em Kharkiv.

 Em razão dos avanços das tropas de Moscou, o exército ucraniano precisou recuar em algumas áreas da frente norte, nas proximidades de Lukiantsy e Vovchansk, para evitar mais baixas. "O inimigo concentra seus esforços em Kharkiv, bem como nas direções de Kramatorsk e Pokrovsky, em Donetsk. Em Kharkiv, as nossas tropas repeliram 18 ataques inimigos", informou o Estado-Maior da Ucrânia.

Em meio ao atraso do fornecimento de armamentos por parte do Ocidente, a Ucrânia enviou reforços para Kharkiv, mas os russos já teriam capturado ao menos duas pequenas localidades: Glubokoe e Lukiantsy.

O porta-voz do Ministério da Defesa de Kiev, Dmytro Lazutkin, revelou que ucranianos e russos entraram em combate na área de Vovchansk, também em Kharkiv, mas alguns soldados de Moscou teriam conseguido entrar na cidade.

A escalada do conflito na região forçou a evacuação de mais de oito mil pessoas, mas esse número poderá aumentar nos próximos dias com o prosseguimento dos ataques. "Caso houver vontade de negociar por parte de Putin, seja bem-vindo, mas não pode ser o fim da Ucrânia, deve haver uma possibilidade de a Ucrânia ser livre e independente. Somos a favor de perseguir a paz, mas uma paz justa", afirmou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Antonio Tajani, após os novo acontecimentos na guerra em Kiev.

Os russos, através da porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, garantiu que nenhuma quantidade de armamento fornecida pelo Ocidente será capaz de salvar o "regime criminoso" do país "do colapso".

Apesar das ameaças, o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, aprovou um auxílio de US$ 2 bilhões para que a Ucrânia utilize para fins militares.

A conquista de terreno pelo lado da nação liderada por Vladimir Putin forçou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cancelar as visitas que faria na Espanha e em Portugal.