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Morre o jornalista Jorge Ramos

A morte ocorreu nesta quinta-feira (4 de abril)

Foto: Instagram | Reprodução
Jornalista Jorge Ramos

Um infarto matou nesta quinta-feira (4 de abril), o jornalista Jorge Ramos, aos 68 anos de idade (completaria 69 no dia 22).

Deixa a mulher Ana Maria Ramos e os filhos Desirèe e Diego.

A cerimônia de cremação está marcada para esta sexta-feira (5), às 16h30, no Jardim da Saudade.

Ele se sentiu mal após uma aula de natação, em uma academia de Salvador, e foi levado para o Hospital Ernesto Simões. Em 2010 havia se submetido a uma cirurgia para a implantação de uma ponte de safena.

“Apesar da profunda tristeza, temos a esperança de que possamos nos unir em memória de um homem extraordinário que tocou tantas vidas com sua sabedoria, bondade e amor”, diz nota assinada por sua esposa e filhos. O comunicado lembra que Jorginho viveu de forma plena e feliz, além de ressaltar sua dedicação ao jornalismo e seu compromisso com a democracia e a justiça.

Era "um poço de conhecimento, sabedoria e benevolência", resumiu a cineasta Ceci Alves. "Foi um terrível choque", disse o jornalista Carlos Navarro. "Deixa imenso vazio", lamentou o jornalista e poeta Florisvaldo Mattos.

Jorginho Ramos (como era chamado) nasceu em Ipirá na Bahia, e foi criado em Cachoeira.

Formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba) e atuou no jornal Diário de Notícias; nas TV’s Bandeirantes, Aratu, Bahia, Santa Cruz (Itabuna) e Educativaa, além de dirigir a Central de Jornalismo do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb).

Ensinou na Faculdade de Comunicação (Facom) da UFBA, na Faculdade 2 de Julho e na Faculdade de Turismo da Bahia.

Foi subsecretário de Comunicação da Prefeitura de Salvador e trabalhou na Assessoria de Imprensa de diversos órgãos públicos da Bahia, como o Teatro Castro Alves e o Instituto do Meio Ambiente (IMA).

Trabalhou também em Angola, na área de capacitação e formação profissional em jornalismo.

Publicou, pela Solisluna Editora, o livro “O Semeador de Orquestras: História de um Maestro Abolicionista” em 2011, uma homenagem ao jornalista e músico cachoeirano Manoel Tranquilino Bastos (1850-1935).

Jorginho Ramos integrava as diretorias da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB).

No vídeo
Jorge Ramos fala ao jornalista Moacy Neves sobre o 2 de Julho

O IGHB publicou nota de pesar, lamentando o falecimento do jornalista.

"Neste momento de dor prestamos sinceras condolências aos familiares (Aninha, Diego e Desireé), amigos e admiradores de uma das personalidades mais educadas e atenciosas que tivemos o prazer de conviver e desfrutar do seu conhecimento e amizade. A Diretoria do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia decretou luto de 3 dias pelo falecimento de Jorge Ramos."

A Associação Bahiana de Imprensa e a Câmara de Vereadores de Cachoeira lamentaram a morte do seu segundo-secretário.

Há poucos dias ele esteve na sede do Sinjorba-Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia, para doar à Biblioteca do Jornalista Baiano exemplares de seu livro "O Semeador de Orquestras".