Saúde

Cientistas desenvolvem novo exame para diagnóstico mais preciso de Alzheimer

Exame único pode identificar a doença ainda em seus estágios iniciais e facilitar tratamento

Foto: Divulgação
Doença

Uma nova pesquisa, publicada pela Nature Portfolio Journal Communications Medicine, identificou um novo exame capaz de diagnosticar Alzheimer ainda em seus estágios iniciais e pode significar um grande avanço ao tratamento da doença.

Pesquisadores desenvolveram o novo teste a partir de um algoritmo, anteriormente usado para classificar tumores cancerígenos, após algumas adaptações para “ensinar” o sistema a identificar alterações decorrentes do Alzheimer, o algoritmo foi aplicado ao cérebro e foi capaz de identificar a incidência da doença através de uma única ressonância magnética.

Para a pesquisa, a equipe realizou testes em mais de 400 pacientes com diagnóstico precoce de Alzheimer e o exame apresentou resultados corretos em 98% dos casos, o que pode facilitar a identificação da doença, que atualmente consiste em diversos exames, normalmente realizados quando o paciente já apresenta déficit cognitivo.

Segundo o PhD neurocientista e biólogo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, autor do artigo “Ômega 3: Coadjuvante na prevenção da doença de Alzheimer” - que analisa os processos que ocorrem com a doença e como preveni-los - a descoberta representa um grande avanço, pois o diagnóstico precoce facilita o tratamento da doença.

“A ciência está buscando sempre por uma melhor qualidade de vida para os pacientes portadores de DA, novos ensaios com novas promessas de substâncias, para atrasar ou prevenir o Alzheimer, são de extrema importância.”

“Quanto mais cedo adotarmos medidas preventivas ou de tratamento, melhor será o prognóstico do indivíduo, uma vez que a perda neuronal não é tão intensa nas fases iniciais de declínio cognitivo quando a demência já está estabelecida” Ressalta.

O Alzheimer é uma patologia crônica, portanto, a melhor arma ainda é a prevenção, e a alimentação é um fator crucial para evitar desenvolver a doença.

“As funções que dizem respeito à cognição sofrem influência de processos biológicos passíveis de intervenção por meio de dietas, alimentos ricos em ácidos poliinsaturados de cadeia longa, como os ômega-3 presentes em óleo de peixes, parecem ser uma importante arma a favor do bom neurodesenvolvimento.” Afirma o artigo.