O Flamengo é o único clube do futebol brasileiro com faturamento na cifra de bilhão, e é o atual campeão do ranking de faturamento, com R$1.082 bilhão de receita.
Com um aumento de quase 50% no faturamento, o Palmeiras surpreendeu ao passar de terceiro lugar, para a atual segunda posição, com R$910 milhões de faturamento. Já em terceira posição, está o Atlético Mineiro, com R$757 milhões.
É o que revela um estudo divulgado pela plataforma CupomValido.com.br com dados da Statista e dos balanços oficiais dos clubes referentes ao último ano.
Concluindo as top 5 posições do ranking, o Corinthians (R$ 502 milhões) está na quarta posição, e o Grêmio (R$ 498 milhões) em quinto lugar.
Principais fontes de receitas dos clubes
Segundo o estudo, os direitos de transmissão, é a principal fonte de receita dos clubes brasileiros, que representa aproximadamente 34% do total das receitas.
As vendas de jogadores, é a segunda fonte mais importante, com 31%.
Em seguida ficam os programas sócios-torcedores (12%), licenciamento e franquias (11%) e bilheterias (2%).
Os clubes que pagam os maiores salários
O Flamengo é o clube que paga os maiores salários do futebol brasileiro, totalizando R$22.7 milhões por mês.
Em segundo lugar está o Palmeiras, com R$18 milhões, e o Atlético Mineiro está em terceira posição com R$16.7 milhões mensais.
O Grêmio fica em quarta posição com R$14,5, próximo do Corinthians que teve um gasto de R$14.3 milhões mensais.
As maiores torcidas do Brasil
Com relação ao tamanho da torcida, o Flamengo segue na liderança, com mais de 42.7 milhões de torcedores.
O Corinthians segue em segundo com 29.9 milhões, e logo abaixo está o São Paulo (17.1 milhões) e Palmeiras (12.8 milhões).
Em seguida, há um empate técnico entre o Vasco, Cruzeiro, Grêmio, com 8.5 milhões cada.
A receita de clubes da série A do futebol brasileiro cresceu apenas 1% nos últimos 3 anos, mostra diagnóstico publicado pela XP Investimentos e pala consultoria Convocados.
As receitas totais da Série A fecharam a temporada em R$ 6,6 bilhões, crescimento de 1% em relação a 2019, último ano antes da pandemia.
Sob a ótica das receitas recorrentes – que excluem as negociações de atletas – a principal divisão do futebol brasileiro fez R$ 5,8 bilhões em receitas, crescimento de 8,7% sobre 2019.
O valor, apesar de ser um sinal positivo por indicar crescimento, também é um alerta aos clubes: as receitas com negociação de atletas estão mudando e cada vez menos serão a tábua de salvação para aqueles em dificuldades.
“O ano de 2021 no futebol brasileiro foi marcado pela confirmação de que a pirâmide competitiva mudou. A ideia de que temos 12 clubes grandes e prontos a competir pelo título ficou para trás. Números e desempenho não deixam dúvidas. No ano passado tivemos Botafogo, Cruzeiro e Vasco disputando a Série B. Ao final da temporada vimos apenas um deles retornar, mas também a queda de Bahia, Grêmio e Sport Recife. Méritos dos que permaneceram e alerta de que não basta mais a história. É fundamental ser eficiente hoje”, afirma César Grafietti, sócio da Convocados.
O torcedor brasileiro segue apaixonado por futebol: 75% das pessoas têm no futebol seu esporte favorito. E o Brasileirão segue sendo a competição mais amada, sendo preferida por 60% dos torcedores. Libertadores (com 58%) e Copa do Brasil (57%) também são objetos de interesse.
Dívidas
Sem crescimento de receitas, os clubes precisam controlar custos. E a remuneração segue abaixo dos 60% das receitas, o que indica que clubes estão gastando com outras atividades.
Em 2021 os clubes da Série A, adicionais dos maiores devedores da Série B, deviam R$ 9,2 bilhões - valor ligeiramente superior aos R$ 9,1 bilhões de 2020. Em um cenário de receitas estagnadas, 60% dos clubes analisados levariam mais de 7 anos para quitar as dívidas caso alocassem 20% das receitas para pagá-las.