Cinema

Filme de Tuna Espinheira é exibido no Cine Glauber Rocha

O filme levou dois anos para ser concluído

"A Mulher Marginalizada": uma análise dos motivos da prostituição

O Cine Metha – Glauber Rocha recebe no dia 26 de janeiro (quarta-feira), às 20h, a estreia da versão restaurada do clássico documentário “A Mulher Marginalizada” (1989), do cineasta baiano Tuna Espinheira (1943-2015), exibido junto com o inédito “Cartas para o meu pai” (2022), dirigido por sua filha, Rosa Espinheira.

A sessão conjunta será gratuita, com 100 ingressos distribuídos no local a partir das 17h, e conclui o projeto “O Cinema de Tuna”, idealizado pela própria Rosa e por Yara Espinheira – grande parceira de vida e profissão do artista.

Com 30 minutos de duração, “A Mulher Marginalizada” se propõe a uma breve, porém profunda, análise dos motivos e caminhos que levam mulheres até esta antiga e estigmatizada profissão, a prostituição, além de sinalizar um conjunto de dificuldades por elas enfrentadas.

O filme levou dois anos para ser concluído e, inicialmente, a equipe precisou realizar um trabalho de aproximação às mulheres e suas realidades.

A equipe contou com a participação feminina de Yara Espinheira, que assina argumento e pesquisa, além de ter sido assistente de direção e produtora executiva, construindo este canal de comunicação, atuando como interlocutora das personagens, realizando as entrevistas e acolhendo os relatos. Para a narração, a voz é também feminina, com a atriz baiana Nilda Spencer (1923-2008).

Como parte do projeto “O Cinema de Tuna”, Rosa Espinheira, filha de Tuna e Yara, realiza um filme-afeto com a paixão de filha e com o reconhecimento do valor da obra da qual é herdeira.

Ela reúne em “Cartas para o meu pai” depoimentos de amigos, familiares e parceiros que conviveram, na vida e no cinema, com Tuna Espinheira, desvendando sua biografia e sua arte. 

Além das próprias Rosa e Yara, participam o músico Aderbal Duarte, o diretor de fotografia Antônio Luiz Mendes, o artista plástico Bel Borba, o advogado Carlos Marighella, o cineasta Henrique Dantas, o arquiteto Iesu “Biu”, o ator Índio, o ator Jorge Coutinho, o pedagogo José Eduardo, o artista plástico Leonel Mattos, o ator Lúcio Tranchesi, o jornalista Mario Espinheira, o ator e fotógrafo Olneysinho, o escritor e poeta Paulo Martins “Messiê”, a profissional da saúde Pilar São Paulo, o cineasta Roque Araújo e o poeta Ruy Espinheira.