Música

Curta jazz, blues e soul no Castelo Garcia DÁvila

Durante quatro semanas do verão

Foto: Lígia Rizério
Banda Geleia Solar

Em homenagem ao maestro baiano Letieres Leite, que nos deixou em outubro do ano passado, o histórico e tombado Castelo Garcia D?Ávila, um símbolo importante do início da colonização e povoamento do Brasil, em Praia do Forte (Mata de São João), lança a segunda edição do festival Jazz no Castelo.

Durante quatro semanas, de 12 de janeiro a 04 de fevereiro, sempre às quartas, quintas e sextas, das 17h às 22h, o espaço recebe 12 atrações, entre baianos, como Adelmo Casé, e artistas de outros estados, como a brasiliense Ellen Oléria, em um palco montado num pátio bem ao lado das ruínas do castelo.

Com coordenação geral de Geisy Fiedra, presidente do Conselho Curador da Fundação Garcia d?Ávila, o festival quer ofertar aos nativos, turistas e visitantes, diferentes estilos musicais, como jazz, blues e soul, além dos ritmos populares que fazem parte da rica identidade cultural do baiano.

Tudo isso em um espaço artístico e de entretenimento que tem, cada vez mais, se firmado como um dos mais pulsantes e importantes da Bahia.

?Estamos muito felizes e otimistas com a realização desse festival. Vão ser muitas atrações legais. Isso nos ajuda a consolidar a nossa fundação e o castelo como um centro cultural que, além do museu e do video mapping, oferece também um festival de jazz?, relata, entusiasmada, Fiedra.

Já a curadoria do festival ficou por conta do músico Ivan Huol e da produtora Cacilda Póvoas, que montaram uma grade de artistas baseada na mistura de linguagens musicais que passa por diversos ritmos e que vai também do jazz tradicional ao moderno.

?Construímos a curadoria com um pouco de jazz, blues, soul, funk, um clima mais de música negra e do jazz cantado, e com a música brasileira dialogando com o estilo do jazz, que é universal?, conta Póvoas.

Time de peso - Quem abre o Jazz no Castelo na quarta-feira, dia 12, é o Rumpilezzinho, um projeto social criado por Letieres Leite com o propósito de ensinar música popular brasileira para jovens entre 15 e 25 anos através de conceitos fundamentais da música de matriz afro-baiana.

Na primeira semana, além do Rumpilezzinho, o festival recebe, no dia 13, o grupo baiano Pradarrum, capitaneado pelo percussionista Gabi Guedes e que funde ritmos ancestrais das nações Ketu, Gêge e Angola, como Ilú, Ijexá, Alujá, Kabila, com o jazz. E na sexta, dia 14, tem a cantora Cacá Magalhães, de apenas 15 anos, considerada a pequena diva baiana do jazz.

Sempre com três shows por semana, o festival vai começar com a apresentação de um DJ, seguido por exibições de vídeo mappings nas ruínas do castelo e, por fim, o show do artista do dia. Uma área gourmet com comidas e bebidas da região (não incluídas no preço do ingresso) vai estar à disposição do público.

Como a pandemia, apesar de estar arrefecida na Bahia, ainda não se dissipou, a máscara e o cartão de vacinação serão obrigatórios para quem for ao evento. Mais informações no Instagram @castelogarciadavila e no fgd.org.br.

O projeto é uma realização da Fundação Garcia D'ávila com patrocínio do Hiperideal e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura.

Programação completa:

12.01 - Rumpilezzinho

13.01 - Pradarrum

14.01 - Cacá Magalhães

19.01 - Erick Assman

20.01 - Sonora Amaralina

21.01 - Geleia Solar e Carol Panesi

26.01 - Mestrinho

27.01 - Ana Karina

28.01 - Geleia solar e Josiel Konrad

02.02 - Ellen Oléria

03.02 - Adelmo Casé

04.02 - Angela Velloso