Sua forma de fazer compras mudou nos últimos anos? Com o fechamento do comércio em grande parte das cidades do País, a transição para o digital não atingiu apenas as empresas, que precisaram se adaptar a novas mídias e a outras maneiras de contato com os clientes, mas também os consumidores.

Muito habituados às compras em lojas físicas, os brasileiros passaram a fazer uso mais intenso de sites e aplicativos para todo tipo de consumo, desde o mais básico, como as compras no supermercado, até práticas mais complexas, como compras internacionais.

No entanto, com a reabertura do comércio e o retorno às lojas físicas e shopping centers, a possibilidade de sair das telas e viver experiências "reais" é atrativa, e o que tem feito cada vez mais pessoas voltarem aos centros comerciais.

Para o diretor administrativo e financeiro da Nassau Empreendimentos, Mauricio Romiti, isso mostra que as duas formas de consumo vão conviver lado a lado: “O e-commerce não surgiu na pandemia, mas teve um crescimento exponencial neste período. Com a volta do comércio e, mais recentemente, o relaxamento do isolamento social, vemos que as pessoas estão voltando para as lojas físicas. O digital não vai substituir a experiência que é fazer compras presencialmente, e sim coexistir com ela”.

Conheça as principais vantagens de fazer compras em lojas físicas:

Experiência de compra

Segundo Romiti, a principal diferença entre as compras nos e-commerces e nas lojas físicas está na experiência que o consumidor tem: “Ao invés de dar alguns cliques e finalizar, na loja é possível tocar os produtos, ver o tamanho, o peso, a textura. No caso de roupas e calçados, a possibilidade de provar é um diferencial.

Todos os sentidos estão funcionando, e isso influencia muito a decisão de compra — seja para levar o produto ou continuar buscando algo que satisfaça o desejo do consumidor”. Além disso, na loja é possível comparar mais claramente as escolhas que no online — as opções são infinitas nos sites, mas o número de produtos que cabem na tela é pequeno.

Atendimento

Ao invés de passear por diversas abas ou aplicativos sozinho, nas lojas físicas, o consumidor pode contar com o auxílio de vendedores. De acordo com Romiti, a interação cara a cara ainda tem um grande peso para muitas pessoas, que se sentem mais à vontade comprando presencialmente.

“Existe esse lado de o cliente se sentir mais confortável, mas também é uma forma de criar um relacionamento com a loja, com a marca. Quando o cliente é bem atendido, ele se lembra, e volta à loja em outras ocasiões. O atendimento presencial traz vantagens para todos os envolvidos, e ainda contribui para a geração de empregos”, ressalta.

Segurança

As compras online hoje estão cada vez mais seguras, e muitas marcas possuem seus próprios sites ou participam de marketplaces confiáveis – no entanto, nem todos os sites de compra são assim, e muitas pessoas ainda fazem compras em falsos e-commerces e se tornam vítimas de fraude. Nas lojas físicas, esse é um risco que praticamente não existe.

“Além dessa proteção, existe um espaço físico para trocas, devoluções, reclamações. Isso deixa os consumidores muito mais tranquilos, pois sabem que estão interagindo com seres humanos, e não com inteligências artificiais e chatbots”, destaca Romiti.

Negociação

Para os consumidores que gostam de pechinchar, as lojas físicas oferecem ainda mais um atrativo, que é a possibilidade de negociação: “No online, o preço que está na tela é o preço que o cliente vai pagar, a não ser que possua um cupom de desconto, por exemplo. Mas, em uma loja, é sempre possível tentar negociar o preço à vista ou conseguir algumas parcelas a mais”, finaliza o administrador.