Bahia / Economia

Ocupação da hotelaria baiana cresce pelo sétimo mês seguido

A taxa média de ocupação chegou a 64,95%

Foto: Alberto Oliveira | LEIAMAISba
Os indicadores mostram retomada do turismo

O avanço da vacinação, a gradual retomada dos voos domésticos e as ações de divulgação do destino, continuam sendo os principais fatores determinantes da retomada do turismo na capital baiana. 

Em novembro, a hotelaria de Salvador apresentou crescimento em seus indicadores pelo sétimo mês consecutivo, com taxa média de ocupação de 64,95%. Já a diária média foi a maior registrada nos últimos dez anos, alcançando R$ 395,70.Com isso, o Revpar (indicador ponderado da diária e taxa de ocupação) atingiu R$ 257,02, um dos mais altos dos últimos anos.

Os números são fruto da Pesquisa Conjuntural de Desempenho (Taxinfo), realizada pela ABIH, Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – seções Bahia e Brasil. O levantamento é digital e os dados são fornecidos diariamente pelos hotéis ao Portal Cesta Competitiva. A média resultante constitui o indicador para avaliar a evolução da atividade de hospedagem na capital baiana.

De acordo com Luciano Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia – ABIH-BA, a estimativa preliminar indica que em dezembro teremos a continuidade dessa recuperação, com taxa de ocupação estimada em 68%. “Se confirmada a previsão, a hotelaria vai fechar o ano de 2021 com média de ocupação de 46%, acima da verificada em 2020 (37,40%), embora ainda muito abaixo do período pré-pandemia (62,49% em 2019).

Esse desempenho se deve ao fato de que até agosto de 2021, a ocupação manteve-se muito abaixo da normal verificada historicamente para esse período. Foi só a partir de setembro de 2021, com o avanço da vacinação, reabertura das praias e dos estabelecimentos comerciais, que as taxas voltaram para níveis semelhantes aos níveis pré-pandemia.

Ainda é observada grande diferença de desempenho entre hotéis voltados para o lazer e os direcionados para o público executivo, cuja retomada vem se mostrando mais lenta. Nos fins de semana a taxa de ocupação (69,62%) chega a ser mais de seis pontos percentuais acima da taxa durante a semana (63,26%), sendo que nos hotéis frente mar essa diferença chega a quase dez pontos percentuais.

“Mesmo com a não realização do Réveillon da Virada, as expectativas são as melhores. Salvador tem sido uma das cidades mais procuradas. Nós não tivemos o evento em 2020 e mesmo assim tivemos uma boa taxa de ocupação. Logicamente que com a festa poderíamos alcançar quase a ocupação completa, já que os cinco dias de festa atraem muitos turistas. Estamos intensificando uma campanha para obtermos o maior número de turistas”, conclui Luciano Lopes.