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Brasil tem maior número de surfistas no US Open 2021

O Brasil atingiu 20 surfistas e passou a ter maioria entre os 96 concorrentes

Foto: @WSL
O famoso pier de Huntington Beach vai sediar o primeiro WSL Challenger Series de 2021

160 surfistas de 22 países vão participar da abertura do WSL Challenger Series 2021 e os brasileiros são maioria no US Open of Surfing apresentado pela Shiseido, que começa na segunda-feira (20 de setembro), na Califórnia.

O Brasil atingiu 20 surfistas e passou a ter maioria entre os 96 concorrentes ao título, com os convites da World Surf League para Alejo Muniz, Mateus Herdy, Lucas Silveira e Luel Felipe substituírem os tops do Championship Tour que não vão competir no famoso píer de Huntington Beach. E Summer Macedo também ganhou uma vaga para representar o Brasil juntamente com Silvana Lima.

O WSL Challenger Series vai completar a elite do CT 2022, classificando 12 surfistas para a categoria masculina e seis para a feminina. Depois do US Open of Surfing, que vai até domingo da semana que vem (dia 26) nos Estados Unidos, há mais três etapas para fechar as duas listas: o MEO Vissla Pro Ericeira de 2 a 10 de outubro, em Ribeira D´Ilhas, Portugal; o Quiksilver Pro France de 16 a 24 (também de outubro), em Hossegor, França; e o Haleiwa Challenger de 26 de novembro a 7 de dezembro, em Haleiwa Beach, no Havaí.

A expectativa é de que seja mantido ou até aumentado o número de surfistas da “Seleção Brasileira” da WSL em 2022.

Dos 12 integrantes do time deste ano, oito garantiram suas permanências pelo ranking das sete etapas do World Surf League Championship Tour 2021: o agora tricampeão mundial Gabriel Medina, o novo vice-campeão mundial Filipe Toledo, Italo Ferreira, Yago Dora, Deivid Silva, Jadson André, Miguel Pupo e a vice-campeão mundial Tatiana Weston-Webb.

O capitão da seleção brasileira, Adriano de Souza, também ficou entre os 20 primeiros colocados no ranking dos que foram mantidos na elite para 2022, mas o atleta optou por se despedir das competições ao final de 2021.

Entre os 11 titulares da seleção brasileira de 2021, três ficaram de fora do grupo dos 20 e terão a chance de confirmar suas permanências ainda este ano pelo WSL Challenger Series: Caio Ibelli, Peterson Crisanto e Alex Ribeiro. Além deles, Miguel Pupo é outro único brasileiro top do CT 2021 que vai competir esse ano em Huntington Beach. Yago Dora venceu o último US Open of Surfing em 2019, mas não irá defender o título agora.

Já os oito brasileiros indicados para o WSL Challenger Series pelo ranking regional da WSL South America, estão confirmadíssimos: Wiggolly Dantas, Ian Gouveia, Thiago Camarão, João Chianca, Weslley Dantas, Edgard Groggia, Samuel Pupo e Rafael Teixeira. O peruano Alonso Correa e o uruguaio Marco Giorgi também se classificaram pela WSL South America.

Maioria brasileira, EUA em segundo

Por ter sido o último campeão mundial da categoria Pro Junior, Lucas Vicente também está confirmado em todas as etapas do WSL Challenger Series. Mais três brasileiros já haviam sido convocados pela World Surf League, para substituir a ausência de tops do CT no US Open of Surfing: Jessé Mendes, Willian Cardoso e Michael Rodrigues. Agora, Alejo Muniz, Mateus Herdy, Lucas Silveira e Luel Felipe também foram chamados.

Com isso, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos no número de desafiantes ao título masculino em Huntington Beach. São 20 brasileiros contra 16 norte-americanos. Mais quatro surfistas representarão a América do Sul: o uruguaio Marco Giorgi; e os peruanos, Alonso Correa, classificado pelo ranking regional da WSL South America; Lucca Mesinas pelo da WSL North America; e Miguel Tudela, que também ganhou uma vaga dos tops do CT.

A lista dos 96 inscritos no US Open of Surfing é completada pela Austrália com 13 surfistas, Havaí com 11, França com 8, África do Sul com 6, Japão com 5, Taiti com 3, Indonésia com 2 e com 1 o Mexico, Costa Rica, Barbados, Portugal, Espanha, Holanda, Marrocos e Nova Zelândia. Na categoria feminina, são 64 surfistas de 17 países, três deles sem nenhum competidor na masculina: o Equador de Dominic Barona, a Alemanha e Porto Rico, também com uma atleta cada.

Entre as cinco classificadas pelo ranking regional da WSL South America, a argentina Josefina Ané não vai competir nos Estados Unidos, então a World Surf League convocou Summer Macedo para ocupar essa vaga. Ela é filha de pai brasileiro e sempre morou no Havaí, mas decidiu passar a representar o Brasil esse ano. A estreia com as cores verde-amarela foi nas duas etapas do WSL Qualifying Series realizadas no Equador. Summer e Silvana Lima vão defender o Brasil no US Open of Surfing apresentado pela Shiseido.

Além das duas brasileiras, a América do Sul também terá competindo na Califórnia as peruanas Daniella Rosas e Sol Aguirre e a equatoriana Dominic Barona. Entre as mulheres, a maioria das 64 concorrentes ao título é dos Estados Unidos, com 13 surfistas, contra 12 da Austrália, 8 do Havaí, 6 do Japão, 4 da França, 4 da Espanha, 3 de Portugal, 2 do Brasil, 2 do Peru, 2 da Costa Rica, 2 da África do Sul, 1 do Equador, 1 de Porto Rico, 1 de Barbados, 1 da Alemanha, 1 da Holanda e 1 da Indonésia.

As etapas do WSL Challenger Series são limitadas para 96 competidores na categoria masculina e 64 na feminina. Todas as quatro etapas serão disputadas por homens e mulheres e com o princípio de igualdade nos valores de premiação, algo que é incentivado pela World Surf League. Os top-34 e as top-16 da elite do Championship Tour têm participação garantida. No entanto, a maioria dos surfistas já confirmados para o CT 2022 – entre os top-20 do ranking masculino e as top-9 do feminino – preferiram não competir. Todas essas ausências são preenchidas por surfistas escolhidos pela WSL, por critérios técnicos.

Rankings regionais

Para quem não é top do CT, o caminho para disputar vagas para a elite nas etapas do WSL Challenger Series é pelos rankings regionais dos sete escritórios da World Surf League no mundo. Na categoria masculina, os escritórios da WSL Latin America, WSL North America, WSL Australasia e WSL Europe indicaram dez surfistas cada. O da WSL Hawaii classificou sete atletas, da WSL Asia seis e da WSL Africa cinco.

No total, o número de 96 participantes nas etapas do WSL Challenger Series, é formado pelos 58 selecionados pelos rankings regionais, os 34 tops do CT, o atual campeão mundial Pro Junior e mais três convidados pela WSL. Na categoria feminina, os escritórios da WSL North America, WSL Australasia e WSL Europa classificam oito surfistas cada; o da WSL Hawaii e da WSL Asia, são seis cada; o da WSL Latin America, cinco; e da WSL Africa, três. Os rankings regionais femininos indicam 44 surfistas, com as 16 tops do CT, a campeã mundial Pro Junior e três convidadas pela WSL, completando as 64 competidoras.