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Afeganistão: garota protagoniza trilogia de livros sobre resistência ao Talibã

Sequência de livros traz a história de Parvana, uma menina afegã que luta para sobreviver

Foto: Divulgação
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Livros foram escritos pela ativista Deborah Ellis e publicados pela série Vasto Mundo da Editora Ática

Nas últimas semanas, o mundo acompanhou o que vem acontecendo no Afeganistão com o retorno da milícia Talibã ao poder e a convulsão social que se instaurou desde então.

Muitos afegãos estão buscando refúgio no exterior ou tentando emigrar para não ficar sob o regime do grupo extremista, que já ameaça resgatar uma realidade de privação de direitos para mulheres e demais minorias representativas locais.

Para entender mais sobre a história do país e trabalhar o tema entre os jovens, a Editora Ática destaca os livros escritos pela ativista canadense Deborah Ellis – A Outra Face, A Viagem de Parvana e Meu Nome é Parvana.

A trilogia apresenta a protagonista Parvana, uma garota afegã que, com apenas 11 anos, tem de lidar com as restrições impostas às mulheres pelo regime Talibã.  A história comoveu Ana Maria Machado, autora de obra extensa e vencedora de diversos prêmios Jabuti, que assina o texto de orelha.

Tratando com delicadeza um tema brutal, a trilogia trata da separação de famílias devido ao regime e à guerra. Ellis aborda a pluralidade cultural e traz trechos importantes para discutir temas como migração, imigração e guerra no mundo atual, características comuns dos livros pertencentes à série Vasto Mundo, que reúne obras que tecem um panorama sobre questões políticas, sociais e econômicas que afligem o mundo contemporâneo.

Logo no primeiro livro, A Outra Face, Parvana se vê em apuros após a prisão do pai e a morte de seu irmão mais velho. Como o Talibã não permite que mulheres trabalhem, ela se disfarça de menino para conseguir sustentar sua família.

Já em A viagem de Parvana, o leitor irá se deparar com uma Parvana mais madura, lidando com uma rotina árida. Sendo o último livro da trilogia, Meu Nome é Parvana finaliza a história com uma pitada de esperança.

Após a queda do Talibã, depois de ter perdido o pai e ter ido parar em um campo de refugiados, a família da menina decide construir uma escola só para moças. Porém, preconceitos ainda devem ser superados e a personagem encontra na leitura uma fuga para a vida sofrida.