Artes Visuais

Empresário brasileiro financia obras de arte em Nova York

NFTs que garantem autenticidade de obras poderão ser comprados na plataforma Open Sea ou Artsy

Foto: Divulgação
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Amazon Tears, de Alexandre Mavignier

Tasso Lago, especialista em criptomoedas, fundador da Financial Move e mestre em Finanças Corporativas pela Université de Bordeaux, lança, na Feira de Hamptons, em Nova York, obras de arte da Galeria Saphira & Ventura em NFTs.

A parceria acontece em conjunto com a empresa de criptomoedas Dux Cripto, a Menta Land e a galeria Saphira & Ventura.

As obras serão vendidas na Hamptons Fine Art Fair, que ocorre até 5 de setembro, mas quem optar por comprar NFTs pode fazer isso de qualquer lugar do mundo por meio da blockchain.

Dentre as obras que terão seus NFTs à venda estão artistas renomados como Keith Haring (EUA), Philippe de Kraan (Holanda), Laura Pretto Vargas (Brasil), Gisseline Amiuny (Venezuela), Rene Nascimento (Brasil) e Alexandre Mavignier (Brasil).

No total, serão disponibilizadas 14 peças, avaliadas em aproximadamente 2 milhões de dólares, entre pinturas, gravuras e uma escultura. Cada obra terá um NFT próprio, que poderá ser adquirido juntamente com as obras originais.

Para os visitantes virtuais da feira de arte, as obras da galeria Saphira & Ventura podem ser adquiridas pelo OpenSea (opensea.io), o maior marketplace de NFTs do mundo, ou pela plataforma Artsy (artsy.net/viewing-rooms), que criou uma sala exclusiva para o evento.

NFT são tokens não fungíveis, uma tecnologia que permite validar a propriedade de algo. São um código que valida uma propriedade digital e garante a originalidade do produto.

"Trata-se de um token único sobre ativo que chancela autenticidade em relação a um objeto. O NFT chancela a autenticidade de assinatura e torna aquilo único. É possível colocar um código NFT no quadro chancelando que ele é autêntico", explica Tasso Lago, financiador do projeto.

NFT não é novidade e, além de Tasso Lago, diversas personalidades pelo mundo tem feito uso da tecnologia para validar a autenticidade de projetos. A banda Kings of Leon, por exemplo, disponibilizou um álbum em NFT. Algumas cópias originais do disco foram vendidas e o grupo lucrou mais de 2 milhões de dólares.

Recentemente também um menino de 12 anos, morador de Londres, ganhou cerca de R$ 2 milhões após vender tokens digitais de uma coleção de mais de 3 mil imagens de baleias.

Em março deste ano, o primeiro tuíte da história feito pelo presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, foi vendido como NFT por R$ 15,9 milhões . De fato, não faltam exemplos.

"O NFT já é presente e tem força. Diversas empresas fazem uso. Tom Brady, um dos maiores astros do Super Bowl, por exemplo, fundou empresa que vende NFT de produtos vinculados a personalidades de todo o mundo. A expectativa é que mercado exploda cada vez mais nos próximos anos.

A autenticidade dá muito valor para alguma coisa e permite que pessoas de qualquer lugar do mundo possam comprar. Ao invés da galeria vender só em Hamptons, por exemplo, ao estar na blockchain, as obras estarão disponiveis para o mundo inteiro", explica Tasso.

Segundo Tasso, essa é uma oportunidade de mostrar que o Brasil é referência de inovação em cripto. "Isso é disruptivo e me dá muito orgulho. Esse projeto também gera valor para a galeria e para os artistas que terão suas obras expostas. Eu nunca tinha trabalhado diretamente com arte e me apaixonei pelas obras que estão sendo levadas à Hamptons", diz Tasso.

"Minha perspectiva é de que os NFTs são uma evolução da forma de expressão artística e representam uma tendência que já está mudando a lógica do mercado de arte em escala global. É um orgulho muito grande para a Dux levar inovação para a Hamptons Fine Art Fair. Queremos seguir expandindo nossa atuação pelo mundo, ajudando cada vez mais artistas, galerias e investidores a entrar no universo das NFTs", diz Luiz Octávio Gonçalves Neto, CEO e fundador da Dux Cripto.

Especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, Tasso Lago está na área de finanças desde 2012. É pós-graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - COPPEAD e Mestre em Finanças por Corporativas pela Université de Bordeaux.

Começou atuando na Inteligência de Mercado da Fundação Getúlio Vargas, e em 2017 atuou no banco da IBM Global Finance como Analista Financeiro do mercado norte americano, sendo responsável por contas como Michelin, Cisco Systems e gerenciado contas estaduais e municipais dos Estados Unidos.

Palestrante nos maiores congressos de economia e investimentos, atua como gestor de capital em sua empresa e é professor de Blockchain e Criptomoedas na COPPEAD.

Com sede na cidade de Nova York e filiais em São Paulo, Miami, Veneza, Londres, Singapura e Turim, a galeria de arte criada em 2014 pelos brasileiros Alcinda Saphira e Louis Ventura é especializada nas artes moderna e contemporânea, design e arquitetura.

Em seu catálogo de obras, busca promover e exibir peças de artistas de vanguarda da atualidade e de mestres da história da arte, como Frida Kahlo, Georgia O'Keeffe, Keith Haring, Salvador Dalí e Jackson Pollock. Mais informações: https://www.saphiraventura.com/.

A Menta Land é um estúdio criativo, fundado pelas brasileiras e nômades digitais Lalai Persson e Bianca Pattoli, que lança produções artísticas em NFTs.

De Berlim e Londres, elas desenvolvem projetos para marcas e artistas ao redor do globo, trabalhando com equipes internacionais para conectar o mercado da arte às práticas da web 3.0. Mais informações: mentaland.substack.com.

A Dux Cripto é uma afiliada da holding brasileira DUX, criada em 2020, com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas inovadoras para um amplo espectro de clientes e segmentos de negócio.

Especializada em criptoativos e redes de blockchain, a Dux atua nos setores de games, arte, investimento, educação, pesquisa, posicionando-se como uma organização capaz de fornecer produtos e serviços para empresas e investidores que desejem ingressar no mercado com rentabilidade e segurança.