No dia 14 deste mês, a Comissão Especial da Promoção da Igualdade da Assembleia Legislativa realizará audiência sobre a situação do Parque São Bartolomeu. O adiamento da data foi consentido na reunião desta terça-feira (31), na qual o colegiado decidiu por outro evento púbico sobre os impactos da Ponte Salvador- Itaparica nos municípios baianos.
Participaram do encontro virtual a presidente do colegiado Fátima Nunes (PT), Hilton Coelho (Psol), Jurailton Santos (Republicanos), Maria del Carmen Lula, Bira Coroa Lula e Jacó Lula da Silva (PT).
A audiência sobre a iminência de privatização do Parque São Bartolomeu, localizado no bairro de Pirajá, em Salvador, e outros parques públicos da capital, contará com a presença virtual de gestores, atores sociais, ambientalistas e políticos relacionados ao tema. Para Hilton Coelho é preciso priorizar a realização do debate, uma demanda constante da comunidade local e dos usuários do parque.
Impactos da Ponte
Na reunião, Coelho criticou a ação da prefeitura municipal de Itaparica, ao derrubar imóveis e barracas de pontos comerciais situados ao longo da BA-001, e propôs audiência sobre os impactos da Ponte Salvador-Itaparica. Bira Corôa também destacou a importância da ponte para a Bahia e defendeu o debate acerca de suas implicações, “que tem que ser feita observando o contexto ambiental, social e econômico e a redução de danos que a ponte pode provocar”, precisou.
Já agendado pela Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, o colegiado optou por entrar como parceira no evento, conforme proposta de Maria del Carmen, que sugeriu a participação das secretarias estaduais de Planejamento (Seplan) e de Infraestrutura (Seinfra). Para discutir sobre o tema, de maneira mais localizada, e ter uma radiografia geral das consequências da construção da ponte, o deputado Jurailton Santos propôs audiência na Câmara de Vereadores de Vera Cruz. O colegiado pretende realizar, após a primeira audiência, encontros itinerantes sobre o assunto, nos municípios implicados.
Moções
Comandando a conferência, Fátima Nunes propôs, ainda, três moções. Uma de apoio aos povos indígenas, que estão em Brasília reivindicando a rejeição, pelo STF, do PL 490, “que traz sérios prejuízos, inclusive para aqueles que já têm seus territórios demarcados”, argumentou.
Outra moção repudia o comportamento do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, diante da denúncia, por 16 servidores e ex-funcionários da instituição, de frequentes humilhações e terror psicológico em sua gestão. “Quem deveria defender, está sendo uma tragédia para a etnia”, lastimou Fátima, colocando a necessidade de afastamento do gestor.
Os parlamentares aprovaram, também, moção de aplausos, também proposta pela presidente da comissão, aos movimentos negros que recepcionaram Lula Inácio da Silva na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, e entregaram ao ex-presidente vasta documentação das ações positivas do seu governo, sugerindo os próximos caminhos a seguir, para a redução das desigualdades, garantindo a inclusão e a valorização do povo negro no Brasil