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Festival musical celebra mês do orgulho LGBTQIA+

Projeto acontecerá hoje e contará com 11 performances de artistas independentes da sigla

Foto: Divulgação
Música
WARI no Festival Radar

Junho não se destaca em nosso calendário apenas pelas festas juninas. Ele é considerado também o mês do Orgulho LGBTQIA+. E, em comemoração a essa data, a Interestelar, uma agência de comunicação baiana voltada para artistas independentes, lançou o Festival Radar - Edição Orgulho, que acontecerá no neste domingo (27), com a presença de artistas brasileiros independentes da sigla.

O motivo da escolha deste mês está relacionado à rebelião de Stonewall, que aconteceu no dia 28 de junho de 1969, com tensões entre a polícia de Nova York e manifestantes que marcaram o início do ativismo LGBT. E o Festival Radar - Edição Orgulho tem como objetivo justamente valorizar, através da arte e da representatividade, essa luta por direitos, por visibilidade e por ser quem é.

Por conta da pandemia, o festival será exibido no canal do Youtube da Interestelar, às 18h30 de hoje. Ele contará com 11 performances de cantores e drags representantes das mais diversas orientações sexuais da sigla. Além das drags Xella e Pietá, já confirmaram presença os cantores cariocas Lauro Makim e os cantores baianos Wari, Jô, Rodrigo Ruchell, Maya, Madu, Marea e Paulilo.

“Nós temos uma equipe majoritariamente da sigla e trabalhamos com muitos artistas da sigla. Sabemos das dificuldades enfrentadas pela comunidade. E, para os artistas especialmente, percebemos como é muito mais difícil ter visibilidade. Então, a ideia surgiu da necessidade de valorizar essa luta e também de dar visibilidade a esses artistas para que eles mostrem quem são, de onde vêm e o que eles podem fazer mesmo com tão pouco poder de investimento”, explica Ruann Araújo, CEO da Interestelar. 

Para Wari, artista já confirmado no projeto, o Festival Radar - Edição Orgulho é mais um importante movimento para fortalecer a comunidade LGBTQIA+. “Ser artista é muito difícil e muito caro. Ser artista da sigla é ainda mais difícil, ainda mais no Brasil, país que mais mata pessoas LGBTQIA+ da América Latina. A força e visibilidade que um projeto como esse nos proporciona são imensuráveis. Reforça o orgulho de nossa arte e de sermos quem somos”.

Além de muita informação sobre a luta LGBTQIA+ no Brasil e no mundo, o festival trará performances de até 15 minutos, produzidas exclusivamente para o projeto. E o CEO da Interestelar garante que terá muita diversidade e representatividade também nos sons. “Vai ter pagode, axé, forró, pizeiro, R&B, funk e, claro, muito pop”. 

“Quem gosta de música e arte, com certeza, vai gostar. As performances estão mostrando uma qualidade estupenda, ainda mais levando em consideração que são artistas independentes e que não teve cachê. São artistas com talento, conteúdo, referências e também com muita identidade. Então basta gostar de arte e música boa para curtir o Festival Radar - Edição Orgulho”, garante Ruann.