A Abrasel- Associação Brasileira de Bares e Restaurantes moveu ações em todos os estados da federação e em 275 municípios, exigindo a reparação financeira para os estabelecimentos associado.
O próximo passo será que cada estabelecimento ingresse com uma ação individual apresentando os cálculos de perdas comprováveis em função das medidas do poder público e pedindo a reparação correspondente.
De acordo com a Abrasel Nacional, mais de 300 mil estabelecimentos foram fechados em todo o País e entre os que sobreviveram a maioria (72%) está acumulando prejuízos.
Na Bahia, 91% dos bares e restaurantes enfrentam problemas para pagar os salários, 73% tiveram de demitir empregados e 82% trabalharam no prejuízo, de acordo com pesquisa recente.
Por isso, a associação local está junto com a nacional ingressando com ações civis públicas exigindo reparação financeira aos negócios do setor.
Além do Governo do Estado, foram acionadas as prefeituras de Salvador, Porto Seguro, Camaçari, Ipiaú, Candeias, Lauro de Freitas, Mata de São João, Cairu, Jacobina, Santo Antônio de Jesus e Amélia Rodrigues.
“Esta campanha tem o objetivo de buscar o reconhecimento destes impactos, exigindo a reparação material e na sequência iremos com uma série de ações no sentido de relação aos impostos cobrados e a todo processo de busca e reparação causados ao setor”, argumenta Luiz Henrique do Amaral, o presidente executivo da Abrasel Bahia.
“Enquanto houve setores que ganharam com a crise, fomos um dos mais prejudicados pelas medidas restritivas impostas. Não estamos discutindo o mérito destas iniciativas – se foram lícitas ou não, nem mesmo associando as ações na Justiça a qualquer prefeito ou governador em específico, nem à qualidade de suas decisões. Temos clareza de que as perdas provocadas no setor foram resultantes de atos do executivo municipal e estadual, portanto, cabe a estes a responsabilidade pela reparação”, afirma o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.
Na Bahia
O segmento de bares e restaurantes inclui 60 mil empreendedores, na Bahia, responsáveis pelo sustento de mais de 250 mil famílias na Bahia.
30% de estabelecimentos encerraram suas atividades, no Estado, cerca de 18 mil empresas. O desemprego atinge mais de 60 mil pessoas, na Bahia, desde o início de 2020.
A abertura das praias nos dias de semana, a lenta retomada de algumas atividades, o avanço da vacinação e os feriados trouxeram pequena melhora no desempenho dos hotéis da capital baiana em maio, com uma taxa média de ocupação de 28,69%, um pouco melhor da observada no mês anterior (20,33%).
A melhora foi verificada tanto para os hotéis voltados para o público de lazer, quanto para os que atendem o corporativo, embora os primeiros tenham tido desempenho ligeiramente superior em função dos hóspedes que buscam o descanso, sobretudo nos finais de semana - período no qual a ocupação cresce até dez pontos percentuais - e feriados.
A gradual retomada, ainda incapaz de cobrir os custos de manutenção para a maioria dos hotéis, se fez sentir também na diária média que apresentou ligeiro crescimento em relação ao mês anterior, passando de R$ 319,44 em abril para R$ 328,13 em maio. Se excluirmos as informações referentes aos hotéis de luxo, teríamos uma diária média em maio de R$ 236.
O Revpar - indicador ponderado entre a Taxa de Ocupação e a Diária Média resultante de R$ 94,15 reflete a gradual, e ainda incerta, possibilidade de retomada do setor cujo crescimento guarda estreita dependência com a disponibilidade de voos, uma vez que seus principais mercados emissores estão em outras regiões do país.
A evolução dos passageiros no aeroporto de Salvador divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil - Anac, mostra números melhores do que no ano passado. Em abril de 2021 (último dado divulgado) o número de passageiros (193.913) foi bem superior ao de abril de 2020 (17.141), embora baixo se comparado com o período pré-pandemia (abril de 2019), com 520.793 passageiros embarcados e desembarcados.
"Considerando que em torno de 50% da população de Salvador já tomou pelo menos a primeira dose da vacina, nos traz esperanças de que em breve possamos ter sempre praias e pontos turísticos abertos, pois as pesquisas mostram que Salvador é um dos destinos mais desejados, principalmente por famílias já cansadas do isolamento. Os hotéis estão preparados para atender a todos com os protocolos de segurança, mas é necessário que praias e pontos turísticos também estejam disponíveis para completar a rica experiência da visitação", comenta Luciano Lopes, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia - ABIH-BA.