Política

Vereador cobra a presença do Atakarejo em audiência pública

Grupo afirmou que o fundador, Teobaldo Costa, não representa mais a empresa

Vereador Luiz Carlos Suíca (PT)

Após a rede Atakarejo informar que o empresário Teobaldo Costa não representa a empresa desde o mês de abril de 2020, o presidente da Comissão de Reparação da Câmara de Salvador, vereador Luiz Carlos Suíca (PT), solicitou a presença de representante da atual Diretoria Executiva na audiência pública conjunta, que será realizada pelas comissões de Reparação e de Direitos Humanos da Casa no próximo dia 16.

Suíca frisou a importância da reparação no caso envolvendo a morte de dois jovens negros suspeitos de furtar carne na unidade do Atakarejo do bairro de Amaralina. A Câmara de Salvador sugeriu ouvir o dono da rede sobre o caso ocorrido em abril.

Na quinta-feira (10), o vereador Suíca assinou novo documento encaminhado ao fundador do grupo Atakadão Atakarejo.

Para o vereador, “todos sabem que essa medida do Atakarejo é um modo de tirar o foco do problema”. Suíca diz que Teobaldo é sim representante da rede. “Pode até ter se afastado de uma ou outra função, mas integra o Conselho Administrativo e é o fundador do grupo. Acredito que colaborar com as investigações não é o suficiente neste caso. É preciso reparar o dano causado às famílias de Bruno e Yan, mortos cruelmente após serem entregues a traficantes em Salvador por funcionários da empresa”, disse Suíca. 

O parlamentar aponta que tanto a Comissão de Reparação quanto a de Direitos Humanos da Câmara de Salvador reforçam o pedido para ouvir prepostos do supermercado.

Ele diz que essa é a segunda convocação feita pelas comissões ao empresário Teobaldo Costa. 
A ausência do empresário na primeira audiência provocou protestos dos familiares de Bruno Barros da Silva, 29 anos, e Yan Barros da Silva, 19 anos, tio e sobrinho, que foram encontrados mortos após serem entregues a traficantes.

Em ofício de resposta à segunda convocação, a rede Atakarejo aponta que o inquérito corre sob sigilo e que aguarda a conclusão para se pronunciar. “Desejamos que todos os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível e que os responsáveis respondam pelos seus atos perante a justiça. Lamentamos profundamente o ocorrido no bairro do Nordeste de Amaralina, onde foi registrado fato lamentável e abominável. Não toleramos qualquer tipo de violência e desejamos que toda a verdade venha logo a público”, sintetiza nota da rede assinada pelo diretor comercial Milton Amorim.