Artes Visuais / Livros / Música

I Ciclo Ativa Diálogos Plurais discute decolonialidade

De janeiro a março de 2021, segundas-feiras, às 19h

Decolonialidade será o primeiro tema do I Ciclo Ativa Diálogos Plurais, que começa na próxima segunda-feira, dia 18.  Vão participar deste primeiro eixo os artistas e pesquisadores Marcela Bonfim (RO), Tiganá Santana (BA) e Adriano Machado (BA). 

Além de decolonialidade, o evento virtual vai debater  cidade e gênero. Serão 10 encontros entre os meses de janeiro e março de 2021, todas as segundas-feiras, às 19h, por meio da plataforma Zoom.

Organizado pelos artistas visuais Lanussi Pasquali e Fábio Gatti, o projeto é uma iniciativa do Ativa Atelier Livre.

O ciclo inteiro custa R$ 300 pelo Sympla, por boleto ou transferência. Cada eixo temático pode ser também adquirido separadamente  R$ 200 (decolonialidade e cidade) e R$230,00 (gênero). 

O evento ainda dispõe de bolsas de 50% para pessoas racializadas, LGBTQIA+ e estudantes do sistema público de ensino.

O I Ciclo Ativa Diálogos Plurais vai reunir artistas e estudiosos de todo o país para discutir a produção artística atual relacionada às questões políticas e sociais sobre direitos humanos, revisão histórica, racismo, diversidade de gênero e vida na cidade.

No segundo eixo, Denilson Baniwa (AM/RJ), Marcelo Terça-Nada (MG/BA) e Gabriela Leandro Gaia (ES/BA) vão debater o tema cidade. No terceiro e último eixo, o tema gênero será discutido por Luma Nogueira de Andrade (CE), Fernanda Magalhães (PR), Rita von Hunty (SP) e Stéfano Belo (MA/BA/PR).

Ciclo Ativa Diálogos Plurais

Entre janeiro e março de 2021, segundas-feiras, às 19h

Plataforma Zoom

Ativa Atelier Livre @ativa_atelier

R$ 300,00 para o ciclo completo, pode ser comprado pelo Sympla (dividido de acordo com as condições da plataforma) ou pago via boleto/transferência bancária

ciclo.ativa.dialogos@gmail.com

18 de janeiro - Marcela Bonfim

Título da palestra: (Re)conhecendo a Amazônia Negra uma mostra visual dialogada

Economista; Marcela Bonfim; era outra até os 27 anos. Na capital paulista, acreditava no discurso da meritocracia. Já em Rondônia; adquiriu uma câmera fotográfica e no lugar das ideias deu espaço a imagens e contextos de uma Amazônia afastada das mentes de fora; mas latentes às vias de dentro. As lentes foram além; captando da diversidade e das inúmeras presenças negras; potências e sentidos antes desconhecidos a seu próprio corpo recém-enegrecido.

25 de janeiro - Tiganá Santana (BA)

Professor Adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (UFBA), atuando no Bacharelado Interdisciplinar em Artes. Doutor em Letras (USP) e bacharel em Filosofia (UFBA). Atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros/USP. Suas investigações voltam-se, principalmente, para as línguas, linguagens, artes e cosmologias africanas, com ênfase nas culturas bantu, estabelecendo-se os cruzamentos entre tais chaves de pensamento, a encontrarem-se com construções afrodiaspóricas, e aquelas provenientes de outras experiências culturais de existência não ocidentais e ocidentais. 

01 de fevereiro - Adriano Machado (BA)

Título da palestra: Corpo imaginário e os territórios afro-inventivos: a prática artística como produção de vida

Artista Visual. É Mestre em Artes Visuais pela UFBA e desenvolve projetos artísticos em fotografia, vídeo e objetos que buscam discutir questões sobre identidade, território, ficção e memória, investigando processos de políticas de vida. Suas obras apontam para a condição humana entre os espaços de convivência e os territórios afro-inventivos. Participou de exposições como Maratona Fotográfica FIF-BH (2020); Bienal de Cerveira (Portugal, 2020); Valongo Festival Internacional da Imagem (Santos/SP, 2019); Concerto para pássaros (Goethe Institut, Salvador, 2019); Panapaná “Vamos de mãos dadas (João Pessoa, 2018). Ganhou o prêmio principal nos Salões de Artes Visuais da Bahia em 2013 e menções especiais em 2011 e 2014, e o Prêmio Funarte de Residências Artísticas 2019. Também realizou residências artísticas na Pivô Pesquisa Ciclo III/Beck’s (São Paulo, 2020); Fluxos: Acervos do Atlântico Sul (Salvador, 2019) e VerdeVEZ, no Campo arte contemporânea (Teresina, 2019).

CIDADE

08 de fevereiro - Denilson Baniwa (AM)

Título: Arte indígena contemporanga: direito de resposta e revolta

Nasceu em Mariuá, no Rio Negro, Amazonas. Sua trajetória como artista inicia-se a partir das referências culturais de seu povo já na infância. Na juventude, o artista inicia a sua trajetória na luta pelos direitos dos povos indígenas e transita pelo universo não-indígena apreendendo referenciais que fortaleceriam o palco dessa resistência. Denilson Baniwa é um artista antropófago, pois apropria-se de linguagens ocidentais para descolonizá-las em sua obra. O artista em sua trajetória contemporânea consolida-se como referência, rompendo paradigmas e abrindo caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional.

15 de fevereiro - Marcelo Terça-Nada (MG/BA)

Título: Olhar, pensar e fabular a cidade

Atua com Artes Visuais na interseção entre cidade, escrita, fotografia e intervenção urbana. Participou de exposições em diversas cidades do Brasil e em países como Argentina, Índia, Espanha, Holanda, Eslovênia e Áustria. Faz parte do Poro com o qual realizou intervenções urbanas e participou de eventos como a 3ª Bienal da Bahia em Salvador ou a exposição Cidade Gráfica no Itaú Cultural em SP. Publicou os livros “Pequeno Guia Afetivo da Comida de Rua de Salvador”, “Intervalo Respiro Pequenos Deslocamentos”, “Brasília: (Cidade) [Estacionamento] (Parque) [Condomínio]” e “Manifesto”. Recebeu o prêmio Brasil Arte Contemporânea 2011, da Fundação Bienal de São Paulo e Ministério da Cultura e o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012. É mestrando do PPGAV-EBA-UFBA.

22 de fevereiro - Gabriela Leandro - Gaia (ES/BA)

Professora Adjunta da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Espírito Santo. Doutora e Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFBA, com passagem pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Doutorado Sanduíche). É integrante do Grupo de Pesquisa Lugar Comum (PPGAU/FAUFBA), do MALOCA - Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul (UNILA) e do Grupo de Estudos Corpo, Discurso e Território (FAUFBA). Seus trabalhos versam sobre narrativas, histórias, memórias e epistemologias produzidas sobre a cidade e seus apagamentos, aproximando-os do debate étnico-racial e de gênero. Em 2017, foi vencedora do Prêmio de Teses da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional, com sua pesquisa de doutorado. É integrante da Coletiva Terra Preta.

GÊNERO

01 de março - Fernanda Magalhães (PR)

Título: Grassa Crua, corpas em relações

Artista, Fotógrafa, Performer e Professora de Artes na Universidade Estadual de Londrina (desde 1991). Realizou Pós-doutorado pelo LUME - Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp (2016) e é Doutora em Artes pela Unicamp (2008). Recebeu o VIII Prêmio Marc Ferrez de Fotografia - Minc/Funarte -, em 1995 com o Projeto "A Representação da Mulher Gorda Nua na Fotografia". Publicou os livros "Corpo Re-Construção Ação Ritual Performance", Travessa dos Editores (2010) e "A Estalagem das Almas", em parceria com a escritora Karen Debértolis, Travessa dos Editores (2006). Suas obras integram os acervos de instituições como a Maison Europèene de la Photographie em Paris, França; o Museu Oscar Niemeyer em Curitiba, Paraná; a Coleção Joaquim Paiva de Fotografia Contemporânea no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Acervo do Projeto Armazém, Florianópolis, Santa Catarina.

08 de março - Luma Nogueira de Andrade (CE)

Autora do livro Travestis nas Escolas: Assujeitamento e Resistência a Ordem Normativa e Organizadora do E-BOOK: Diversidade Sexual, Gênero e Raça: Diálogos Brasil-África. Professora Adjunta da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Unilab, atua na graduação do Instituto de Humanidades, no Mestrado Acadêmico em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis (MASTS) e no Programa de Pós-Graduação em Ensino e Formação Docente (PPGEF). Doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Licenciada em Ciências pela Universidade Estadual do Ceará. Vencedora do II Prêmio Ciências (MEC, CNPQ, ONU), vencedora do Prêmio Educando Pela Diversidade Sexual (Senado Federal), vencedora do prêmio Artur Guedes, e vencedora do prêmio internacional Stonewall 50 anos.

15 de março - Rita von Hunty (Guilherme Terreri)

Título: O sistema sexo-gênero e suas dissidências: Gayle Rubin e Paul Preciado

Rita von Hunty é a persona drag de Guilherme Terreri, ator formado pela UNIRIO e professor de língua e literatura inglesa formado pela USP. Hoje atua no cinema e no teatro, apresenta um programa de TV (Drag Me As A Queen) e um canal no Youtube com mais de 600 mil inscritos (Tempero Drag), além de viajar o país oferecendo cursos e formações que discutem, através dos Estudos de Cultura, temas centrais de nossas vidas em sociedade.

22 de março - Stéfano Belo

A Voz Travesti Incomoda? Emancipação da produção artística travesti em três movimentos

Artista cigana nascida em São Luís/MA, criada em Salvador e no interior da Bahia, em Feira de Santana, mais tarde radicada em Curitiba/PR. Faz dos lugares por onde passa parte indispensável de sua criação e trajetória. Artista pesquisadora, é graduada na Faculdade de Artes do Paraná e residente da Casa Selvática em Curitiba desde a sua fundação em 2012. Explora em suas pesquisas o desgaste entre as fronteiras de linguagens – a performance, a dança, o teatro e a música – e a hibridização das mesmas.