FAZ SOL LÁ SIM é o primeiro longa brasileiro a estrear em tela grande, após a reabertura dos cinemas. O documentário musical produzido pela Chaplin Filmes e coproduzido pela Globo Filmes, foi filmado na pequena Marechal Deodoro, litoral alagoano.
A cidade ganhou esse nome em 1939 para homenagear o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, proclamador da república e primeiro presidente do Brasil. Desde 2006 a o município é patrimônio Histórico Nacional e há mais de 100 anos criou a primeira banda filarmônica da cidade, a Santa Cecília. Pouco tempo depois, nascia a Carlos Gomes.
Hoje, são cinco filarmônicas, centenas de músicos em atividade e uma tradição que passa de geração a geração, tornando o município um "celeiro de instrumentistas" que são absorvidos por grupos musicais e bandas militares do país inteiro.
As filarmônicas da cidade não têm apoio institucional, mas atuam como uma grande escola de formação de músicos, principalmente para os de baixa renda.
A renovação constante de alunos garante às bandas o vigor e o entusiasmo da época de suas fundações. O método de ensino funciona: com um ano de aprendizado os alunos já estão aptos a tocar nas bandas, mas nem todos seguem carreira. As mulheres, que cedo se casam e engravidam, dificilmente se tornam profissionais.
FAZ SOL LÁ SIM vai além da música, abordando a condição de vida daquela comunidade, cujos avós criam os netos e onde as crianças e os jovens adotam como pais os maestros das filarmônicas, que são comandadas predominantemente por militares aposentados.
O documentário conta essa história, mostrando quem são seus protagonistas, dos lendários Nelson da Rabeca a Cícero do Pife, até os novos talentos que surgem a cada dia, como o clarinetista Elizaubo Wanderberguer e a trombonista Graziele Conceição.
FAZ SOL LÁ SIM tem patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas e do Banco do Nordeste, apoio da Prefeitura de Marechal Deodoro, Carcará Filmes, Sobrado Boemia, Hotéis Ponta Verde, Hotel Pousada Mahon-Mar, Pousada Capitães de Areia e Global Rádio Comunicação. O documentário foi produzido pela Chaplin Filmes, coproduzido pela Globo Filmes e GloboNews e chega aos cinemas com a distribuição da Lira Filmes.
FAZ SOL LÁ SIM
Brasil, 2019, 78 min, classificação indicativa
Direção, roteiro e edição: Claufe Rodrigues
Produção Executiva: Mariana Secron e Marcela Baptista
Direção de fotografia: Kaê Rodrigues
Produção: Chaplin Filmes
Coprodução: Globo Filmes e GloboNews
Distribuição: Lira Filmes
A histórica Marechal Deodoro, Alagoas, é um celeiro de bandas filarmônicas que "exporta" instrumentistas para grupos musicais e bandas militares de todo o Brasil. Através de depoimentos e audições, o documentário relata a tradição local, fala da leve rivalidade entre as cinco filarmônicas e de como elas funcionam para a formação de jovens da cidade.
Sobre o diretor | Claufe Rodrigues
Poeta, romancista, jornalista e compositor, Claufe Rodrigues flerta com a linguagem cinematográfica desde o início dos anos 1980, quando trabalhou como assistente de direção no longa-metragem Exu Piá, Coração mágico de Macunaíma, de Paulo Veríssimo. Desde então, escreveu roteiros para diversos projetos cinematográficos e codirigiu e roteirizou a série Os nomes do Rosa, com Pedro Bial. Ao longo do período em que trabalhou na GloboNews, dirigiu, roteirizou e apresentou diversas séries documentais, entre as quais O poeta fingidor, sobre Fernando Pessoa, Uma vida em linha reta, sobre Euclides da Cunha, Os retornados (gravada no Benin) e O bruxo do Cosme Velho, sobre Machado de Assis. Claufe Rodrigues tem 13 livros publicados, sendo o mais recente "Avdavida". Até o início deste ano, foi apresentador e editor-chefe do Globonews Literatura.