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'Todos os Mortos' será exibido pela primeira vez no Brasil

O filme estreou em fevereiro na Competição Oficial do Festival de Berlim

Foto: Divulgação
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Mawusi Tulani e Agyei Augusto

Caetano Gotardo (O Que Se Move) e Marco Dutra (As Boas Maneiras) escreveram e dirigiram Todos os Mortos. Produção da Dezenove Som e Imagens (Brasil) e coprodução da Good Fortune Films (França), o filme fez parte da Competição Oficial do Festival de Berlim em fevereiro. Inédito no Brasil, o longa foi realizado por um coletivo majoritariamente feminino e faz sua estreia no 48º Festival de Cinema de Gramado.

Sara Silveira e Maria Ionescu na produção, Juliana Rojas na montagem (em parceria com Caetano e Marco), Juliana Lobo na direção de arte, Gabriela Cunha no som direto (em parceria com Rubén Valdez no desenho de som), Helena Botelho na direção de produção, Carol Araujo na assistência de direção e a francesa Hélène Louvart (Never Rarely Sometimes Always, A Vida Invisível) na direção de fotografia formam parte da equipe de Todos os Mortos.

Mulheres também guiam a trama do longa, que é ambientado em São Paulo entre 1899 e 1900, poucos anos após a abolição do trabalho escravo no Brasil e o início da República. O filme acompanha a história de duas famílias - uma branca, os Soares, e outra negra, os Nascimento.

As personagens são interpretadas por Mawusi Tulani (dos espetáculos Bom Retiro 948 metros e Cartas de Despejo), Clarissa Kiste (do longa Trabalhar Cansa e no elenco da novela Amor de Mãe), Carolina Bianchi (das peças Lobo e Mata-me de Prazer) e Thaia Perez (dos filmes Aquarius e O Homem Cordial). O jovem Agyei Augusto (do musical Escola do Rock) também é um dos protagonistas de Todos os Mortos, que tem participações especiais da cantora Alaíde Costa, da atriz portuguesa Leonor Silveira (conhecida por seu trabalho com o diretor Manoel de Oliveira) e de Thomás Aquino (Bacurau).

A trilha sonora é composta por Salloma Salomão, músico, historiador e educador com profunda pesquisa no cruzamento entre a música brasileira e as tradições da cultura e da música africanas.

Em modo de espera desde março por causa da pandemia, o filme retoma em setembro sua circulação, tendo ganhado o prêmio de Melhor Filme na Mostra Silvestre, no IndieLisboa, e com exibições futuras em San Sebástian, Biarritz e em outros territórios a serem anunciados.