Capa de "A cor do anjo da guarda"
Quanto pode o amor de uma criança? Quão fundo pode essa pureza acessar o coração de um homem?” São essas as perguntas que abrem o texto da editora para apresentar o novo livro de Cassiano Antico, “A Cor do Anjo da Guarda”, que será lançado em agosto, no Dia dos Pais, em live com o autor. As respostas estão nos quase 50 textos que atestam as mudanças percebidas por ele próprio desde novembro de 2013, nascimento de Valentina, a primeira filha, e intensificadas em abril de 2016, com a chegada da segunda filha, Isadora.
“Todas as minhas experiências de vida, desde as mais intensas às mais moderadas, toda minha busca enquanto ser humano, seja pelos livros - de Dostoiévski a Paulo Leminski ou de Victor Hugo a Dylan Thomas -, ficaram milhares de anos luz aquém de um dia com minhas filhas. Encontrei alguém na palavra amor”, diz o autor.
Originalmente publicados na coluna Papo de Pai, do portal de notícias LEIAMAISba, os textos brincam com as descobertas do adulto, diante das crianças, ao mesmo tempo que cutucam feridas, buscam referências em filósofos, músicos e artistas, e marcam a paternidade contemporânea, de presença ainda mais acentuada pelo confinamento dentro de um apartamento na região central de São Paulo.
Extraído de um trecho do livro, o título faz referência à pergunta feita todas as noites antes de dormir: “Papai, qual a cor do seu anjinho?”, em que o autor conta:
“Minhas filhas sempre me perguntam a cor do meu anjo da guarda (se é preto, rosa, verde, azul, amarelo, ou se tem todas as cores), me mostram o céu, o infinito, a delicadeza, a formiga, o nada que sou quando tento ser outra coisa. Elas são o que eu entendo como motivo, meu time de futebol, minha canção favorita (...) Minhas filhas gostam de contar estrelas, mas não ligam quando não conseguem enxergar nenhuma. Curtem do mesmo jeito o pisca-pisca do caminhão de lixo; têm o mesmo respeito”.
No livro, as crônicas estão divididas cronologicamente pela quarentena. São textos pouco antes da pandemia do novo coronavírus e durante o isolamento. Cavernas construídas embaixo da mesa, elefantes dentro de um quarto e as mil possibilidades ao olhar o céu estão presentes na imaginação e na percepção do pai ao conviver mais intensamente com as crianças de 4 e 6 anos. “Tudo pode ser um bom tema. A formiga. O mar. O céu. A bronquite. As experiências da vida que me transformam. Escrita é trabalho. É corpo a corpo com a palavra; é o desafio traduzir em palavras tudo aquilo que não pode ser traduzido”, reflete Cassiano. Único homem, entre três mulheres, o autor brinca: “Aprendi a ouvir. Virei praticamente um monge”.
Cassiano Antico (1973) nasceu em São Paulo, mas cresceu no interior, na cidade de Cruzeiro. É formado em Comunicação Social Publicitária e autor dos livros de crônicas “Fratura Exposta” (2012) e “Crianças são como pássaros” (2017). É carateca, corredor de rua e pai da Valentina e da Isadora. Desde 2017 é membro da Academia de Letras e Artes de Cruzeiro (ALAC), cuja cadeira leva o nome de seu avô paterno, o professor Joaquim Monteiro da Silva. É mais um aprendiz. Escreve semanalmente para a coluna “Papo de Pai” no site Leia Mais Bahia.
A Cor do Anjo da Guarda
Crônicas de Cassiano Antico (@cassiano.antico)
Editora Vento Leste (@vento.leste)
Ficha Técnica
Textos: Cassiano Antico
Editora: Mônica Schalka (@monicaschalka)
Coordenação Editorial: Heloisa Vasconcellos (@heloisavasconcellos)
Projeto Gráfico: Conjunto 31 (@conjunto31) | Letícia Moura (@leticiamoura)
Desenhos (ilustrações): Valentina e Isadora
Venda: www.ventolestelivraria.com