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Morre Jaime Sodré, historiador e escritor, aos 73 anos

Ainda não há detalhes sobre o que causou a morte do historiador

UFMG/Reprodução

Jaime Sodré era doutor em História da Cultura Negra

Jaime Santana Sodré Pereira, historiador, escritor,professor e doutor em História da Cultura Negra, morreu em Salvador nesta quinta-feira (6), aos 73 anos. A informação é do site G1 .

Ainda não há detalhes sobre o que causou a morte do historiador e  nem onde o corpo dele será sepultado. Sodré era viúvo e deixa dois filhos. Nascido em Salvador, em 19 de fevereiro de 1947, era professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba), antigo Cefet.

Jaime Sodré era graduado em Licenciatura e Desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O escritor possuía mestrado em Teoria e História da Arte, desenvolvendo um trabalho sobre a influência da religião afro-brasileira na obra do artista plástico e também escritor Mestre Didi.

A diversidade é a memória mais marcante da sua infância.  Segundo o escritor, nas vizinhanças de sua residência no bairro de Santo Antônio, no Centro de Salvador, morava uma família árabe e outra judia que, durante o mês de setembro, disputavam quem fazia o maior caruru da região.

Durante toda a sua carreira acadêmica, o historiador ganhou diversos prêmios, como o troféu Caboclo da Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (2005) e o 2º lugar no Prêmio Funarte (2003), além de homenagens como a medalha Zumbi dos Palmares, da Câmara Municipal de Salvador. Sodré também tem diversos prêmios nas áreas das Artes Plásticas e da Música.

O professor é autor das obras 'As histórias de Lokoirokotempo: candomblé, uma história para qualquer idade' (1995), 'A influência da religião afro-brasileira na obra escultórica de Mestre Didi' (2006),  'Manuel Querino: um herói da raça e classe' (2001) e da Antologia 'Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica'. Vol. 2 (2011)

Sodré fez parte do Conselho do Olodum, entre o final da década de 1990 e o ano 2000. Em 2012 ele participou da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), na mesa "A diáspora e seu avesso", mediada pelo também educador Jorge Portugal, que morreu em na segunda-feira (3).