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Mortes em 3 semanas no Brasil superam vítimas de atentados terroristas

A comparação foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e que divulgou o Atlas da Violência 2017

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foram registradas 59 mil mortes violentas no Brasil em 2017

Todos os atentados terroristas do mundo nos cinco primeiros meses de 2017 não superam a quantidade de homicídios registrada no Brasil em três semanas de 2015.

Em 498 ataques, 3.314 pessoas morreram, de acordo com  levantamento da Esri Story Maps e da PeaceTech Lab. Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, cerca de 3,4 mil pessoas foram assassinadas no Brasil a cada três semanas em 2015.

A comparação foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que divulgaram hoje (5) o Atlas da Violência 2017.

O estudo contabiliza 59.080 assassinatos no país em 2015, e os pesquisadores consideram que o resultado consolida uma mudança de patamar, em que as mortes violentas permanecem perto dos 60 mil homicídios registrados em 2014.

Os registros permitem calcular uma taxa de 28,9 assassinatos para cada 100 mil brasileiros. Apesar de ser 3,1% menor que a de 2014, a proporção é 10,6% maior que a registrada em 2005.

A variação da taxa de homicídios se deu de forma desigual no país entre 2005 e 2015. Em seis estados do Norte e Nordeste, a taxa cresceu mais de 100%, enquanto em todo o Sudeste o indicador caiu. No Rio Grande do Norte, a taxa de homicídios cresceu 232%. Em São Paulo, houve uma queda de 44,3%.

Além dos estados do Sudeste, houve quedas da taxa de homicídios em Rondônia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraná. Pernambuco é destacado pela pesquisa como uma "ilha de diminuição de homicídios" em meio a uma região em que a taxa cresceu com grande intensidade. Apesar disso, a queda de 36% obtida entre 2007 e 2013 foi em parte perdida com um aumento de 13,7% registrado de 2014 para 2015.

Em números absolutos, a Bahia registrou em 2015 o maior número de assassinatos, com 6.012. O número é mais que o dobro do de 2005, que era de 2.881.

Com uma trajetória de queda, São Paulo começou em 2005 com 8.870 assassinatos e caiu para 5.427 em 2015. Apesar de ter o segundo maior número absoluto, o estado fechou o ano com a menor taxa de homicídios do país, de 12,2 casos por 100 mil habitantes.

A pesquisa também fez análises no nível municipal e apontou que, entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, Altamira, no Pará, teve a maior taxa de homicídios do país em 2015, com 105,2 casos para 100 mil pessoas.

Impactada pela construção da Usina de Belo Monte, a cidade, segundo a pesquisa, é um exemplo de como o crescimento rápido e desordenado pode ter implicações sobre o nível de criminalidade.

Na outra ponta da tabela, a cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, é o município com mais de 100 mil habitantes que registra a menor violência letal. Foram cinco assassinatos em 2015 e uma taxa de homicídios de 3,1 casos para cada 100 mil habitantes.

Todos os atentados terroristas do mundo nos cinco primeiros meses de 2017 não superam a quantidade de homicídios registrada no Brasil em três semanas de 2015. Em 498 ataques, 3.314 pessoas morreram, de acordo com  levantamento da Esri Story Maps e da PeaceTech Lab. Segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, cerca de 3,4 mil pessoas foram assassinadas no Brasil a cada três semanas em 2015.

A comparação foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que divulgaram hoje (4) o Atlas da Violência 2017. O estudo contabiliza 59.080 assassinatos no país em 2015, e os pesquisadores consideram que o resultado consolida uma mudança de patamar, em que as mortes violentas permanecem perto dos 60 mil homicídios registrados em 2014.

Os registros permitem calcular uma taxa de 28,9 assassinatos para cada 100 mil brasileiros. Apesar de ser 3,1% menor que a de 2014, a proporção é 10,6% maior que a registrada em 2005.

A variação da taxa de homicídios se deu de forma desigual no país entre 2005 e 2015. Em seis estados do Norte e Nordeste, a taxa cresceu mais de 100%, enquanto em todo o Sudeste o indicador caiu. No Rio Grande do Norte, a taxa de homicídios cresceu 232%. Em São Paulo, houve uma queda de 44,3%.

Além dos estados do Sudeste, houve quedas da taxa de homicídios em Rondônia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraná. Pernambuco é destacado pela pesquisa como uma "ilha de diminuição de homicídios" em meio a uma região em que a taxa cresceu com grande intensidade. Apesar disso, a queda de 36% obtida entre 2007 e 2013 foi em parte perdida com um aumento de 13,7% registrado de 2014 para 2015.

Em números absolutos, a Bahia registrou em 2015 o maior número de assassinatos, com 6.012. O número é mais que o dobro do de 2005, que era de 2.881.

Com uma trajetória de queda, São Paulo começou em 2005 com 8.870 assassinatos e caiu para 5.427 em 2015. Apesar de ter o segundo maior número absoluto, o estado fechou o ano com a menor taxa de homicídios do país, de 12,2 casos por 100 mil habitantes.

A pesquisa também fez análises no nível municipal e apontou que, entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, Altamira, no Pará, teve a maior taxa de homicídios do país em 2015, com 105,2 casos para 100 mil pessoas.

Impactada pela construção da Usina de Belo Monte, a cidade, segundo a pesquisa, é um exemplo de como o crescimento rápido e desordenado pode ter implicações sobre o nível de criminalidade.

Na outra ponta da tabela, a cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, é o município com mais de 100 mil habitantes que registra a menor violência letal. Foram cinco assassinatos em 2015 e uma taxa de homicídios de 3,1 casos para cada 100 mil habitantes.